Mais um revés para Zuma

Mais um revés para Zuma – A 11 dias do arranque do julgamento do caso de corrupção que envolve Jacob Gedleyihlekisa Zuma, a estratégia da sua defesa voltou a sofre mais um “duro golpe”: esta quinta-feira (31), o Supremo Tribunal de Apelação rejeitou o pedido de Zuma para remover o procurador público Billy Downer, do caso.

À semelhança do que tinha dito o juíz do Supremo Tribunal de Pietermaritzburg, Piet Koen, no início deste mês, o Supremo Tribunal de Apelação também considera que o recurso de Zuma “não procede”.

O pedido de Zuma foi liminarmente rejeitado, ainda mais com custos.

Nessa altura, a defesa de Zuma pediu autorização ao Supremo Tribunal de Pietermaritzburg para recorrer ao Supremo Tribunal de Apelação, pedido que foi reprovado.

No entanto a Lei permite que o cidadão recorra a instancia superior, mesmo com a negação da anterior.

Embora ainda não se conheça a reacção de Jacob Zuma e sua equipa, não é de afastar a hipótese de apresentar um recurso ao Tribunal Constitucional.

Zuma pondera recorrer

A Fundação jacob Zuma diz que o ex-presidente ainda está a analisar a deliberação do Supremo Tribunal de Apelação, para mais tarde consultar a sua equipa de advogados, antes de tomar uma posição.

Esta quinta-feira, o Supremo Tribunal de Apelação, em Bloemfontein, rejeitou a tentativa de retirar o procurador Billy Downer do caso de corrupção que envove Zuma.

Este tribunal disse que o recurso de Jacob Zuma não tinha perspectivas razoáveis de sucesso.

Desde o início, Jacob Zuma tem defendido a retirada de Billy Downer [procurador que fez toda a investigação] por alegadamente ser parcial.

A defesa de Zuma atribui a Downer até a autoria do vazamento de documentos sobre estado de saúde do antigo presidente, quando estava detido, o ano passado.

Também desde o início, o Ministério Público sempre considerou os argumentos de Zuma de manobras para atrasar o julgamento.

Agora, o Ministério Público sul africano espera que, com o chumbo do Supremo Tribunal de Apelação, estejam criadas as condições para o reinicio do julgamento, no dia 11 de Abril.

O ex-presidente sul africano é acusado de 16 crimes, entre eles de fraude, suborno e extorsão, relacionadas com a compra de equipamento militar, a cinco empresas europeias de armamento, em 199, quando era vice-presidente da RSA.

A acusação diz que Zuma terá recebido subornos de quatro milhões de rands, da empresa francesa Thlaes.

Ano passado, Zuma e a empresa Thales se declaram inocentes. (Mais um revés para Zuma)

RAULINA TAIMO, em Pretória

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