Manuel Chang estragou

Manuel Chang estragou – A extradição do antigo Ministro Moçambicano das Finanças, Manuel Chang, para Moçambique ou para Estados Unidos da América testa a paciência e a resistência das relações de amizade e cooperação entre Moçambique, África do Sul e Estados Unidos da América, pais mais poderoso do planeta.

Manuel Chang foi detido no final de Dezembro de 2018 na África do Sul a pedido dos Estados Unidos da América quando estava a caminho de Dubai.

Algumas pessoas dizem que o antigo governante ia inaugurar um seu empreendimento hoteleiro em Dubai e outras afirmam que ia de férias por poucos dias ao paraíso dourado.

A sua detenção no Aeroporto Internacional OR Tambo, em Joanesburgo, foi solicitada pelos Estados Unidos da América através da Polícia Internacional (INTERPOL).

Os chamados sivales ou cunhados e vizinhos estratégicos mantiveram tudo fechado em segredo de sete chaves.

Em Maputo, Manuel Chang era Sua Excelência deputado da Assembleia da República pela bancada do partido Frelimo, organização no poder e aliado natural do ANC, também na governação na terra do Rand.

Os camaradas do ANC apunhalaram os seus aliados do partido Frelimo pelas costas sem dom nem piedade, confirmando o princípio da diplomacia segundo o qual entre Estados não há amizade, mas sim interesses, pois Cyril Ramaphosa foi mesmo capaz de esconder a Filipe Nyusi que tinha pedido dos americanos para prender Manuel Chang.

Os americanos precisam de Manuel Chang para responder a três crimes: dois de fraude e um de tentativa de lavagem de dinheiro no processo de crédito de 2.2 mil milhões de dólares norte-americanos de bancos internacionais destinados ao projecto de protecção costeira e da pesca de Atum em Moçambique.

O antigo Ministro das Finanças do governo de Armando Guebuza assinou todos os papéis de garantias do Estado sobre o crédito e terá recebido luvas que variam de cinco milhões a sete milhões de dólares norte-americanos, segundo a acusação dos americanos.

O crédito foi contratado à revelia do Parlamento moçambicano e foi descoberto pelo Fundo Monetário Internacional em 2016.

Chang disse no meio do barulho que o seu maior pecado na Terra tinha sido colocar a sua assinatura nos papéis das dívidas ocultas.

Com vergonha no rosto, moçambicanos solicitaram a extradição do antigo governante, disputado com os Estados Unidos da América.

Com mania de legalistas, os cunhados têm procurado lidar com o assunto através de tribunais desde Dezembro de 2018 provocando frustração aos seus sivales da pérola do Índico que às vezes avançam com cartas de ultimatos, esquecendo que em boas relações públicas não há ultimatos.

A África do Sul tem acordo de extradição com os Estados Unidos da América, maior potência mundial que solicitou a detenção de Chang. Por outro lado, o vizinho precisa do seu filho para o educar em casa à sua maneira mesmo depois de inicialmente ter ignorado o seu maior pecado na Terra.

Manuel Chang pecou muito. Estragou relações de três países. (Manuel Chang estragou)

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi intitulado “Manuel Chang estragou relações de três países”, foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 22 de Setembro de 2021, na rubrica de opinião denominado O RANCOR DO POBRE

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