Moçambicana detida na RAS

Moçambicana detida na presença do Ministro sul-africano de Home Affairs – Assuntos Internos – Aaron Motsoeledi, em Lebombo, na passada sexta-feira.

Ao que o jornal Redactor apurou, trata-se de uma vendedeira moçambicana, que foi neutralizada pelas autoridades de Pretória juntamente com seis agentes da Migração e da Polícia da África do Sul.

Os sete foram detidos sexta-feira no posto da fronteira sul-africana de Lebombo, perto do posto de travessia de Ressano Garcia, em Moçambique, por suspeita de envolvimento num esquema de fraude e corrupção na emissão de vistos de residência temporária na África do Sul.

Ao que se alega, as vítimas do esquema são cidadãos moçambicanos, malawianos e zimbabueanos que vivem ilegalmente na África do Sul. 

A detenção aconteceu na presença do Ministro sul-africano de Home Affairs – Assuntos Internos – Aaron Motsoeledi, que estava em visita de trabalho no posto de fronteira de Lebombo.

O governante sul-africano disse que os detidos estavam a ser vigiados há 18 meses pela unidade especial da Polícia anti-crime em coordenação com os serviços do Ministério dos Assuntos Internos na sequência de informações de que havia esquema de emissão de vistos para estrangeiros em toda a África do Sul.

Os passaportes eram recolhidos e levados por transportadores semicolectivos de passageiros que fazem cross-border (cruzamento de fronteiras), um processo conhecido por muitos, tanto em Moçambique como na África do Sul.

Chegados à fronteira, os passaportes eram carimbados para saída e depois entrada ou extensão de residência temporária enquanto os seus titulares continuavam dentro do território sul-africano, mesmo depois de expirar o prazo de 90 dias de estadia permitida nos pelo protocolo da migração da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

A actualização dos vistos era alegadamente facilitada pela vendedeira moçambicana considerada “gestora” e autora do esquema em coordenação com agentes da Migração e da Polícia.

Para o Ministro Aaron Motsoeledi, titulares de passaportes movimentados na fronteira através da fraude montada podiam cometer crimes num determinado dia, mas no Tribunal podiam provar que naquele dia estavam fora da África do Sul mostrando passaportes carimbados, frustrando todo um esforço de investigação policial.

O nome da vendedeira moçambicana não foi revelado, podendo ser conhecido esta semana no tribunal no processo de oficialização da sua detenção. 

A África do Sul acolhe a maior comunidade moçambicana no estrangeiro, mas muitos emigrantes não têm documentos validos de residência naquele pais vizinho. (Moçambicana detida)

THANGANI WA TIYANI, CORRESPONDENTE NA ÁFRICA DO SUL

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