Moçambique vc FMI

O Governador do Banco de Moçambique (BM), Rogério Zandamela, disse hoje em Maputo que a instituição que dirige fará o que lhe compete para a restauração da cooperação financeira com o Fundo Monetário Internacional (FMI), suspensa em 2016 na sequência da revelação das chamadas dívidas ocultas.

“Continuaremos a fazer o que nos compete para a retoma do programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI), condição para o retorno dos fluxos de capital bilateral, multilateral e privado”, afirmou Rogério Zandamela, falando durante o 41.º Conselho Consultivo do Banco de Moçambique.

A nível do sector financeiro interno, prosseguiu Rogério Zandamela, o banco central continuará atento e vigilante, reforçando a supervisão prudencial, através de actividades inspectivas.

Rogério Zandamela enfatizou que o país projecta para 2017 um crescimento económico de 5,5% e uma inflação de 14%.

Nesse sentido, continuou Zandamela, o banco central continuará a orientar a política monetária de forma prudente e flexível.

“No âmbito do nosso engajamento internacional, no quadro dos nossos objectivos, em 2017, continuaremos a alargar a cooperação com instituições congéneres visando reforçar a troca de experiências em assuntos de especialidade”, declarou Zandamela.

O FMI suspendeu a assistência financeira a Moçambique, após a revelação em Abril do ano passado de que o governo moçambicano avalizou empréstimos equivalentes a mais de mil milhões de euros a favor de empresas ligadas à proteção marítima, somando-se a um outro aval de USD 850 milhões revelado em 2014, destinado à Empresa Moçambicana de Atum (Ematum).

A decisão do FMI foi seguida pelo grupo dos 14 principais países e entidades que apoiam o Orçamento do Estado de Moçambique.

Os parceiros internacionais condicionam o reatamento da ajuda a uma auditoria internacional independente, cujos resultados devem estar prontos em Fevereiro.

Redacção

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