Nova fábrica de cimento
O Presidente da República, Filipe Nyusi, inaugurou hoje a nova fábrica de produção de cimento, sedeada no distrito de Metuge, na província moçambicana de Cabo Delgado, norte do país, resultado de um investimento na ordem de 24 milhões de dólares americanos.
A nova unidade fabril, a primeira de género a nível da província é fruto de um investimento chinês e vai colocar anualmente no mercado um volume calculado em 250 mil toneladas do produto.
Com este empreendimento, espera-se reduzir consideravelmente o custo da matéria-prima com elevados níveis de procura devido ao crescimento acelerado do ramo de construção.
O produto desta unidade industrial foi baptizado com o nome de “elefante africano” e, no saco de 25 quilogramas, leva a imagem de um elefante em marcha.
Discursando nas instalações do “monstro” industrial, o estadista moçambicano disse que a nova unidade fabril cristaliza e argumenta com actos a visão defendida pelo governo sobre a premente necessidade de diversificar a economia e a produção de Cabo Delgado, em particular.
“A operacionalização da unidade industrial irá incrementar em seis por cento a produção global do país e em cerca de 67.6 por cento para o norte. Irá reduzir a distância ao mercado do cimento e o custo de construção de habitações que é o importante indicador da melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento humano”, afirmou o presidente.
Outro aspecto de realce, segundo o presidente, reside no facto de a fábrica estar a usar matéria-prima local (calcário extraído em Cabo Delgado), estando, nesta fase, a importar apenas o klinker. O calcário é abundante nas três províncias da região norte (Cabo Delgado, Niassa e Nampula). O klinker é actualmente importado, mas pode e deve ser produzido no país.
“Queremos apelar para que, de facto, as vantagens da nova fábrica aqui descritas se reflictam no custo real do produto livre da especulações que temos estado a viver, por vezes com argumentos forçados evocando o actual momento económico mundial”, exortou.
No entanto, constata-se que mais de metade das fábricas de cimento (seis) está sedeada na província de Maputo, estando as restantes distribuídas pelas províncias de Sofala e Nampula.
A capacidade de produção nacional registou, segundo o presidente, um aumento substancial em cerca de 197 por cento. Hoje, cerca de 72 porcento do cimento utilizado no país é resultado da produção interna.
“O facto de estarem em construção mais duas fábricas na província de Maputo, aliada a vários projectos que ainda se encontram na fase de estudo, incluindo para as províncias das regiões do centro e norte, cimenta a nossa convicção de que não está muito longe o dia em que vamos erguer todas as infra-estruturas nacionais na base do cimento produzido no país” disse Nyusi.
O Chefe de Estado afirmo, por outro lado, que é desiderato do governo implantar mais uma fábrica de cimento na província do Niassa, onde o produto é muito oneroso, para impulsionar a actividade de construção naquela província.
Para o efeito, o executivo está a trabalhar na mobilização de investimentos capazes de impulsionar a geração de energia necessária naquela parcela do país, factor determinante para o surgimento da grande indústria.
Até porque o desiderato de Moçambique, segundo o presidente, é produzir cimento qualitativamente bom com matéria-prima extraída no país, assim como em quantidade para as necessidades nacionais e para a exportação tanto para os países da região quanto ao mundo.
Durante a fase de implantação do empreendimento, foram criados 400 postos de trabalho para cidadãos moçambicanos, na sua maioria, recrutados localmente. Mas nesta de produção ela vai empregar 67 moçambicanos que vão trabalhar juntamente com os chineses, seus proprietários.
Redacção