O que a bebida faz

Beber com amigos para comemorar uma conquista ou para relaxar após um dia de missão cumprida pode parecer um hábito saudável, se não for exagerado. Diz um velho ditado que “tudo em excesso prejudica a saúde”.

Não existe uma fórmula para o consumo seguro do álcool, por isso cabe a cada um que se controle. Cada bebida alcoólica tem as suas características, tem acção directa no sistema nervoso central, e age como um depressor das funções cerebrais, diminuindo o centro da crítica da pessoa, deixando-a mais expansiva.

O álcool é consumido por uma considerável parcela da população e, normalmente, não é visto como um problema pela sociedade, “podendo ser encontrado em diversas embalagens, sabores e cores para todos os gostos, o que traz a cada dia mais vontade de consumo e está associado a momentos de descontracção”, relaxamento, lazer e felicidade.

A ansiedade, a variação de humor e a depressão são consequências da ingestão de bebida alcoólica. Foi assim que certo jovem, calmo e respeitoso, todo tímido e feliz, deixou-se levar pela agitação dos demais e caiu em bebedeiras, tendo visto o seu sonho desfeito e vida estagnada.

Por vezes, o consumidor começa a ter um repertório empobrecido, perdendo as suas referências internas ou externas, bebendo praticamente em todo lugar, em horários impróprios, não se importando com os que estiverem próximo.

Diante desse cenário, muitas pessoas já tiveram contacto com bebidas alcoólicas em algum momento da vida. Uns não gostaram da experiência e não a repetiram; outros gostaram bastante e tendem a repeti-la experiência com certa frequência, considerando aquele produto “seu melhor e único amigo”.

Tem-se dito que o álcool consome o indivíduo rapidamente, tornando-o incapaz para o trabalho e insuportável na convivência, por turvar imediatamente a consciência, sendo impossível de passar desapercebido. A exemplo do que se fez com o cigarro, cujas embalagens trazem alertas sobre o perigo do uso regular do tabaco, “é preciso informar aos consumidores dos perigos do excesso com relação ao álcool, não apenas para dirigir veículos, como gerar dependência, sendo que o abuso daquela substância provoca doenças”.

São vários factores que influenciam em uma experiência etílica, desde a idade ao peso corporal, o que nalgum momento as pessoas pensam que para melhor sobressaírem num determinado assunto precisam de bebida alcoólica, que, no final do dia, podem ver-se prejudicados por conta deste ou sentirem-se obrigados a repetir dependendo das ocasiões para melhor resposta às diferentes adversidades.

No quotidiano, o acto de sair para colocar a conversa em dia implica, automaticamente, a ingestão de álcool. Quem não bebe sofre tanta pressão que chega a ser constrangedor. Esse padrão social precisa de mudar e quem optar pela bebida não deve fazer dela uma razão de viver.

Hoje estima-se que exista um número elevado de dependentes químicos de álcool, os quais o seu bom senso funciona após o consumo deste, o que geralmente estraga o seu bem-estar e a sua produtividade, criando mau exemplo para menores que funcionam como mandados na compra daquele líquido.

Além da dependência, “o álcool é como inequívoco de criminalidade quando ingerido em excesso”. O homem ignorando as leis e as recomendações feitas pelos meios de comunicação, há os que ficam agressivos sob efeito de bebidas alcoólicas e as consequências são percebidas nas esquadras policiais: mulheres espancadas pelos seus companheiros, brigas em bares, lesões corporais graves e homicídios.

Lembre-se que a bebida alcoólica une as pessoas, mas separa-as também, gerando grandes prejuízos para a saúde física e mental, tal que uns bebem com a intenção de magoar o próximo e outros são maus por natureza, provocando criminalidade, acusando a bebida alcoólica.

É preciso beber com juízo, mantendo a consciência no lugar, edificando amizade para melhor estar na sociedade.

CÉSAR NHALIGINGA

Este artigo foi intitulado foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 03 de Agosto de 2023, na rubrica de opinião denominado OPINIÃO.

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