O triunfo dos palhaços e boçais!

Cresci respeitando algumas pessoas, bastando saber do título que lhes era atribuído.

Activista, académico, analista, jornalista, doutor e por aí fora.

Na minha juventude “activista” era uma figura séria e respeitada, porque tinha postura que justificava tal designação. Estávamos a falar, por exemplo, do Arcebispo sul-africano Desmond Tutu, das moçambicanas Alice Mabota e Graça Machel, entre outros. Todos sabíamos o que faziam.

Nos dias que correm, qualquer convencido ou frustrado é activista, académico, analista, jornalista, doutor e por aí fora. A estes títulos, hoje em dia se juntam e proliferam os influencers. E, num mundo cada vez mais brutalizado e patético, quanto mais boçal, pateta ou palhaço, melhor, para se ser um bom influencer.

É o triunfo dos palhaços e boçais! Estamos na época do elogio ao analfabetismo e à mediocridade.

Quanto mais parvo, zaragateiro, desonesto ou infiel melhor, até patrocínios de grandes marcas não faltarão e os políticos te usarão como modelo.

Ai de quem pautar pela seriedade, lisura, honestidade e inteligência, se não se acocorar ao regime, se deliciará pelo pão que o diabo amassa, diariamente.

Exemplos não faltam: nas redes sociais quem publicar conteúdos sérios e verdadeiros quase nula atenção atrairá e poucos seguidores terá, mas se optar pela vulgaridade ou banalidade terá milhões de fãs e partidários.

Aquele/a homem/mulher que mantiver fidelidade no casamento será ignorado/a e o/a infiel idolatrado/a. É quase toda uma sociedade entoando o hino à trafulhice!

Salvo raríssimas excepções, aquele/a escritor/a que investe o seu tempo e saber cultivando a ciência será ignorado/a e o/a tolo/a até será mascote em comícios onde os incautos são facilmente intrujados com promessas falsas.

Os bons, na sua maioria, estão confinados e quietos.

Tenho saudades daqueles tempos em que uma intervenção pública do/a titular do pelouro da Educação era uma aula imperdível e quando o Presidente da República abria a boca todos ficávamos atentos.

Mas eu ainda acredito numa possível reviravolta.

A MINTHIRU IVULA VULA KUTLHULA MARITO! Os actos valem mais que as palavras!  Digo/escrevo isto porque que ainda creio que, como em anteriores desafios, Moçambique triunfará e permanecerá, eternamente.

REFINALDO CHLENGUE

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 04  de Agosto de 2023, na rubrica TIKU 15.

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