Falam bonito e fazem feio, por vezes muito feio

Falam bonito e fazem feio, por vezes muito feio.

Esta é a postura de muitos políticos, incluindo os africanos, que, uma vez mais, esta quinta-feira se desdobraram em “manifestações” diversas, alegadamente em celebração do Dia de África.

Dia de África assinalado, em larga medida, por proclamações bonitas, mas despidas de qualquer substancia em benefício da maioria dos africanos.

Bonito falou-se de tudo um pouco, tipo Democracia, Boa Governação, respeito pelos Direitos Humanos, mas a prática quotidiana mostra justamente o contrário.

Olhando para o local onde nasci e vivo, fala-se de democracia, pomposamente, mas a sua implementação é uma miragem, teatro apenas para satisfazer alguns requisitos para assegurar passeatas em certas paragens, com direito a red carpet, inclusivamente.

Balúrdios se despendem de forma obscena, em supostos processos eleitorais, mas que de eleições pouco têm, apenas processos para enriquecerem alguns e (re)animar alguns conflitos.

A maioria dos nativos dos países africanos vive em condições vergonhosamente miseráveis, enquanto os respectivos líderes chafurdam na francesa, desfilam em púlpitos reluzentes, falando, para si próprios, porque, salvo o interesse pelos recursos dos países que (des)governam, ninguém os leva a sério.

Salvo raríssimas excepções, é esta a África que este dia 25 de Maio assinalou o dia da sua União, dividida, enquanto as potencias que a colonizaram, hoje consolidam a sua união, derrubando fronteiras, usando moeda única, com um parlamento comunitário actuante.

A União Africana assinalou esta semana mais um dia (60° aniversário), celebrando a sua UNIDADE, reforçando as divisões, dificultando o movimento e estabelecimento dos seus cidadãos a nível do continente, cada um com a sua moeda e com um “parlamento” que volta e meia – está reunido até dia 02 de Junho próximo – em Midrand, arredores de Pretória e Joanesburgo, na África do Sul, para nada.

Se Kwame Nkrumah, Gamal Abdel Nasser, Julius Nyerere e outros pan-africanistas genuínos, ressuscitassem hoje e assistissem aos actuais líderes africanos falando bonito e fazendo feio, pelos seus ideais, de certeza que imediatamente morreriam, de novo.

A MINTHIRU IVULA VULA KUTLHULA MARITO! Os actos valem mais que as palavras!  Digo/escrevo isto porque que ainda creio que, como em anteriores desafios, Moçambique triunfará e permanecerá, eternamente.

REFINALDO CHLENGUE

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 26  de Maio de 2023, na rubrica TIKU 15.

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