OIM: “Congestionamento”

OIM –  A Organização Internacional das Migrações (OIM) alerta para a situação de “congestionamento” de centros de acomodação que acolhem famílias desalojadas pelas intempéries em Moçambique.

“Em alguns centros de acomodação, como no Buzi, chega a haver 10 pessoas a partilhar o mesmo abrigo”, lê-se num relatório da OIM tornado público nesta quarta-feira.

No princípio deste Fevereiro havia 34.000 pessoas hospedadas em 36 centros de alojamento temporário devido à falta de condições nas áreas de residência, depois da tempestade Chalane, no final de 2020, e do ciclone Eloise, em Janeiro.

As áreas de acomodação “mostram congestionamento, falta de condições sanitárias e falta de medidas preventivas da covid-19”. 

Os desastres naturais dos últimos meses afectaram profundamente o Centro e Sul de Moçambique, nas províncias de Sofala, Manica, parte Sul da Zambézia, Inhambane e Gaza.

De acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), 440.000 pessoas foram afectadas e mais de 56.000 casas foram severamente danificadas ou destruídas. 

A OIM lançou um apelo de 9,4 milhões de dólares norte-americanos para apoiar os desalojados até Setembro.

Os objectivos passam por um “retorno seguro e digno” dos habitantes à medida que houver condições nos seus locais de origem ou atribuindo-lhes outras zonas de reassentamento.

Oito novos locais de reassentamento “foram identificados para famílias cujas condições de retorno não sejam adequadas”, tendo em conta também a proteção contra futuras tempestades.

“Com a estação das chuvas em pleno vigor e mais tempestades previstas, é preciso dar atenção urgente à necessidade de construir de forma resiliente face ao clima e estabelecer reassentamentos seguros, duráveis e adaptados”, conclui a OIM.

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