Pobreza industrial

Pobreza industrial – Dizem que na década de 1970 chegou a ocupar o oitavo lugar na lista dos países mais industrializados no continente africano. Exportava produtos industriais de qualidade mundial, que incluem vagões para comboios e pneus para carros.

Ninguém assume a responsabilidade pelo caos industrial.

Nos primeiros anos da sua independência concebeu plano da erradicação da pobreza em 10 anos, com ajuda de parceiros.

No entanto, os gestores colocados em diversas empresas industriais do Estado competiam na destruição das mesmas.

Na sua capital industrial pelo menos 40 unidades industriais estão paradas e transformadas em armazéns de produtos Made in China ou em sucataria de ferro velhos dos tempos de vacas gordas.

Agora o país nem consegue fabricar agulha. No ano passado gastou 38 milhões de dólares norte-americanos com a importação de papel higiénico da África do Sul de onde também importa tomate, cebola, batata e outro tipo de vegetais.

A indústria manufactureira tem apresentado decréscimos significativos nos últimos 10 anos, sendo que em 2017 tendo contribuído com 8.7 por cento no Produto Interno Bruto, contra 11.8 por cento em 2008.

A sua indústria transformadora vale menos de oito por cento do Produto Interno Bruto quando deveria valer mais do dobro para evitar importar cerca de 70 por cento dos produtos de fora.

Os cerca de 30 milhões de consumidores estão desesperados.

O governo do país sem nome tenta remar no meio de enormes dificuldades financeiras exacerbadas pela pandemia de COVID-19.

Promete colocar pequenas indústrias agro-alimentares em todas as províncias, mas os operadores industriais questionam.

Dizem que há falta de estradas, electricidade de qualidade para mover motores e mercado. A matéria usada nas poucas unidades industriais em funcionamento vem de fora, apesar de haver em abundância no país.

Muitos países ora desenvolvidos evoluíram de estágio primitivo de agrários para industrialização através de escravatura, colonialismo e pragmatismo estratégico dos seus dirigentes.

O país sem nome tem pulado de programa em programa.

Cada timoneiro que chega ao poleiro procura inventar a sua roda.

Recentemente um dos timoneiros mobilizou os seus súbditos para plantarem jatropha defendendo tenazmente que transformaria o país autossuficiente em petróleo competindo com maiores produtores e exportadores de ouro negro que incluem Arábia Saudita. No final, tudo falhou e ninguém foi responsabilizado.

O Rancor do Pobre desconhece o nome do país.

Leitor pode ajudar com o nome…

(Pobreza industrial)

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 21 de Abril de 2021, na rubrica de opinião denominado RANCOR DO POBRE

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