Pondeca: Condenações

A Human Rights Watch (HRW) lamentou hoje o assassínio de Jeremias Pondeca, um dos membros da Renamo, lembrando ainda que há outros 10 casos de mortes políticas não resolvidas em Moçambique.

“É realmente uma pena que ele (Jeremias Pondeca) tenha perdido a vida desta forma bárbara”, disse Zenaida Machado, investigadora para Moçambique e Angola da organização de defesa dos direitos humanos.

Os Estados Unidos e a União Europeia e alguns governos estrangeiros, incluindo a antiga metrópole, Portugal, já condenaram o assassínio de Jeremias Pondeca.

Entrenato, a Renamo anunciou hoje que não vai abandonar as negociações de paz no país, apesar do assassínio de um dos membros da sua delegação na mesa do diálogo com o Governo.

O coordenador dos mediadores das negociações de paz em Moçambique, Mario Raffaelli, pediu às partes que adiem até ao dia 18 de Outubro o recomeço das negociações previsto para hoje, para “possibilitar uma reflexão” sobre a resolução do conflito.

O ministro do Interior moçambicano disse, por seu turno, que a polícia está a considerar todas as hipóteses no assassínio, no sábado, de Jeremias Pondeca Munguambe.

“Nós estamos a explorar todas as linhas para o esclarecimento do assassínio, todas as hipóteses estão abertas”, disse Jaime Basílio Monteiro, falando durante uma conferência de imprensa em Maputo.

Apelando à serenidade, o ministro do Interior disse que a polícia moçambicana “activou todas as valências de investigação do crime na sua máxima força” para o rápido esclarecimento do caso, alertando para a necessidade de se evitar especulações sobre as motivações da morte de um dos membros seniores do maior partido de oposição em Moçambique.

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