PRM – Empresário luso

A Polícia da República de Moçambique (PRM) assegurou hoje que continuam no terreno e nunca foram abandonadas as investigações sobre o desaparecimento de um empresário português, na província de Sofala, centro do país, em 2016.

“Neste momento, não podemos avançar nada. Esperamos por informações da equipa (destacada para a investigação) no terreno”, disse Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Segundo Inácio Dina, a polícia moçambicana nunca abandonou o caso e continua empenhada em saber o que aconteceu ao empresário português.

“Em nenhum momento, a polícia vergou, as investigações continuam”, sublinhou o porta-voz do Comando-Geral da PRM.

O empresário foi raptado no final de Julho de 2016 no distrito de Gorongosa, província de Sofala e até ao momento não há informações sobre o seu paradeiro.

De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, o ministro moçambicano do Interior, Jaime Basílio Monteiro, reuniu-se na terça-feira, em Lisboa, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro, António Costa, a quem informou “que prosseguem as investigações das autoridades moçambicanas” para apurar o desaparecimento do cidadão português.

“No comunicado refere-se que o ministro do Interior de Moçambique “deu conta de que prosseguem as investigações das autoridades moçambicanas tendentes a apurar a situação do cidadão português desaparecido desde meados de 2016”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português informa ainda que Jaime Basílio Monteiro reuniu-se, separadamente, com Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, “na qualidade de enviado pessoal do Presidente [de Moçambique] Filipe Nyusi”.

A região centro de Moçambique foi das mais afectadas pelos confrontos militares envolvendo elementos das Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique e elementos armadas do partido RENAMO.

Os confrontos entre as duas partes eclodiram na sequência da rejeição pela Renamo dos resultados eleitorais de 2014, oficialmente ganhas pelo partido Frelimo e pelo seu candidato à Presidência da República, Filipe Jacinto Nyusi.

A Renamo e o seu candidato, Afonso Dhlakama, ficaram em segundo lugar nas legislativas e nas presidenciais, respectivamente.

A Renamo alega que o escrutínio foi maciçamente fraudulento.

Redacção

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