Recolher obrigatório suspenso

Recolher obrigatório   – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, suspendeu hoje o recolher obrigatório para os dias das festas de Natal e de fim de ano, mantendo a maioria das restrições relacionadas com a prevenção da covid-19 no país.

“Excepcionalmente, é suspenso o horário da recolha obrigatória na noite do dia 24 a 25 e na noite de 31 de Dezembro a 01 de Janeiro, para permitir que as famílias possam comemorar estes momentos em comunhão”, disse o chefe de Estado moçambicano, durante uma comunicação à nação.

Oficialmente, o recolher obrigatório em Moçambique vigora nas principais cidades do país decorre das 00:00 às 04:00, mas efectivamente poucos o cumprem, com o rigor devido.

Filipe Nyusi manteve quase todas as medidas, tendo vedado as visitas aos reclusos devido ao “aumento exponencial” de casos nas cadeias, bem como reduzido o número de visitantes aos doentes nos hospitais de dois para um por dia.

As medidas vão vigorar por mais 30 dias, a partir de terça-feira até dia 19 de Janeiro de 2022.

“Que fique claro que a intenção do Governo não é de castigar o cidadão, mas é de chamar a atenção e [apelar] à consciência”, referiu.

O Presidente moçambicano alertou para a “evolução gigantesca e preocupante” da taxa de positividade semanal no país, que subiu de 0,4% para 24,5% nas últimas quatro semanas.

“A transmissão da pandemia é mais elevada na zona Sul do país”, destacou Nyusi, referindo que se vai intensificar a fiscalização e, ultrapassando-se a linha vermelha, “serão tomadas medidas mais drásticas”.

De acordo com o chefe de Estado, 7,8 milhões de pessoas foram imunizadas com pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus no país, das quais 5,4% estão completamente vacinadas.

Moçambique tem um total acumulado 1.952 óbitos e 160.457 casos, dos quais 150.484 recuperados, de acordo com dados oficiais.

A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detectada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de Novembro, foram notificadas infecções em pelo menos 89 países de todos os continentes.

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