Residentes do SOWETO

Residentes do SOWETO – A guerra e a resistência contra o sistema minoritário racista do apartheid terminou em 1994 na África do Sul.

Sul-africanos usavam vários tipos de armas contra o apartheid, incluindo boicote ao pagamento de serviços públicos básicos nas comunidades, tais como água canalizada e energia eléctrica. Bebiam água e usavam electricidade sem pagar pelo consumo aos fornecedores.

Depois da guerra, dirigentes do ANC que a partir do exílio no exterior promoviam acções de desobediência popular contra o regime racista esqueceram-se de desactivar células de boicote de pagamento de serviços públicos.

Residentes do Soweto, bairro histórico-político negro, acumularam dívidas de 18 mil milhões de randes de dívidas de consumo de electricidade fornecida pela empresa pública Eskom e recusam pagar a factura prometendo travar guerra prolongada sem quartel contra cobrança coerciva anunciada pela empresa pública.

Uma organização de 250 membros representando os residentes do Soweto tenciona processar judicialmente a Eskom por aquilo que considera abordagem branca e injusta de desligar a electricidade usada por devedores.

O presidente da associação, King Sibiya, até admite a possibilidade de pagamento, mas descorda com a tabela das tarifas da ESKOM dizendo que ignora o desemprego e a pobreza muito elevados nos bairros do Soweto.

O ministro das finanças, Tito Mboweni, tem defendido o fim da cultura de não-pagamento de serviços básicos, mas sul-africanos fazem ouvido de mercador ao discurso, alegando que desemprego, pobreza e corrupção não deixam espaço para o pagamento de serviços básicos nas comunidades.

Qualquer tentativa de cobrança coerciva confronta-se com violência e destruição de propriedades públicas e bloqueio de vias de acesso.

A anarquia instalou-se comodamente nas comunidades negras sul-africanas no que diz respeito a pagamento de serviços básicos providenciados pelo Estado.

A Eskom precisa de recuperar o dinheiro investido na expansão de fornecimento de energia eléctrica.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 30 de Outubro de 2019, na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

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