RESILÊNCIA

RESILÊNCIA – Muito já aqui comentei sobre a distância que, geralmente, separa, efectivamente, o discurso teórico, principalmente dos políticos, da realidade, nos dias que correm.

Confesso que nos meus mais de cinquenta anos de peregrinação por este mundo, durante a maior parte desse tempo nunca ouvira tanto a palavra RESILÊNCIA como nos anos mais recentes, até aos dias de hoje.

Curiosamente, nos tempos em que quase ninguém falava de RESILÊNCIA, foi justamente quando quase tudo era feito de forma RESILIENTE.

Como escrevi recentemente (Redactor N° 6350, pág. 9), este mês estive em Sofala e, entre os locais escalados, inclui o recinto do Parque Nacional da Gorongosa (PNG), local de uma infinidade de maravilhas e histórias do seu passado e presente.

Numa das minhas caminhadas uma construção me chamou atenção: aspecto velho, mas firme, resistente e acabamentos cheios de primor, ano de construção cravado, inclusive (1938).   

São justamente estes detalhes que despertaram a minha curiosidade, daí buscar informação de fontes competentes sobre aquela “obra de arte”, tendo ficado a saber que, sem os enfadonhos “cânticos” de RESILÊNCIA a infraestrutura foi erguida mesmo antes da construção da nossa hoje vergonhosa EN1, por um corpo expedicionário de engenheiros militares lusos, fundamentalmente para ligar a cidade de Tete, na província com o mesmo nome, à da Beira (Sofala).

Sem hosanas à RESILÊNCIA, esses engenheiros militares construíram uma infraestrutura que hoje continua firme e hirta, mesmo depois de ter sido fustigada pelas mais variadas intempéries, ao contrário daquelas obras de custos multimilionários e erguidos ao som patético do lema RESILÊNCIA, mas que efetivamente de RESILÊNCIA nada têm e ao menor sopro e/ou corrente de água se tornaram edificações efémeras, para a vergonha de quem, com os seus impostos, custeou/ou custeia essas obras de orçamentações obscenas, menos os que delas toram proveito desonesto.

Esses simplesmente estão aí, sempre com o mesmo fanfarrão: Infraestruturas RESILIENTES, Infraestruturas RESILIENTES para fazer o boi dormir, como sói dizer-se.

A MINTHIRU IVULA VULA KUTLHULA MARITO! Os actos valem mais que as palavras!  Digo/escrevo isto porque que ainda creio que, como em anteriores desafios, Moçambique triunfará e permanecerá, eternamente.

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo intitulado “RESILÊNCIA” foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 29 de Junho de 2022, na rubrica de opinião denominado TIKU 15

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