Responsabilidade acrescida

Responsabilidade acrescida – O ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique afirmou hoje que a “Pérola do Índico” tem responsabilidades acrescidas na dinamização da transição energética, porque começa este ano a produzir gás natural liquefeito na bacia do Rovuma, norte do país.

“O presente ano deve ser marcado, entre outros acontecimentos, pelo início, pela primeira vez em Moçambique, da produção e exportação de gás natural liquefeito, através do Projecto Coral Sul FLNG, bem como do fecho do sexto concurso para novas áreas de pesquisa de hidrocarbonetos, o que adiciona maior sentido de responsabilidade e necessária reflexão sobre a tão almejada transição energética”, declarou Carlos Zacarias.

O governante falava durante a abertura do sétimo conselho coordenador do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, que decorre em Bilene, na província de Gaza, Sul de Moçambique.

Graças ao seu imenso potencial em gás natural, prosseguiu, Moçambique posiciona-se como um actor de peso na redução de combustíveis poluentes e crescente adoção de fontes limpas.

Além de contribuir para a transição energética, Moçambique pretende que os seus recursos naturais sejam usados também para o desenvolvimento social e económico do país, acrescentou.

“No que diz respeito aos hidrocarbonetos, estes são vistos como um vetor indispensável para o futuro do país. É, pois, neste diapasão que, no fim destes dois dias de reflexão [do conselho coordenador], devemos ter uma visão estratégica mais aprimorada”, enfatizou Carlos Zacarias.

Outro desafio que o setor dos recursos minerais e energia enfrenta é a organização da mineração artesanal, visando colocar este ativo ao serviço do desenvolvimento social e económico face ao garimpo e contrabando, destacou.

Nesse sentido, defendeu, os operadores da mineração artesanal devem organizar-se em cooperativas com o objetivo de facilitar o controlo da actividade.

Carlos Zacarias avançou que, no domínio da energia, Moçambique tem o compromisso de “assegurar o acesso universal à energia para todos até 2030, através da eletrificação dos postos administrativos ao longo do país, com recurso à rede elétrica nacional e sistemas isolados”.

Esse objectivo, continuou, também será alcançado através do aumento de capacidade de produção de energia elétrica, desenvolvimento de novos projetos de transporte e distribuição.

O ministro observou que, com o seu potencial, Moçambique tem capacidade para conseguir a autossuficiência e o incremento do fornecimento na região. (Responsabilidade acrescida)

Redactor

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