Seis dias de luto por Kaunda

Seis dias de luto – Moçambique decretou luto nacional de seis dias a partir de sábado pela morte do antigo presidente da Zâmbia, Kenneth Kaunda, que “morreu pacificamente” num hospital de Lusaka no dia 17 deste Junho, aos 97 anos vítima de doença.

Filho de pais docentes naturais do Malawi (antiga Niassalândia), Kenneth David Kaunda, que também viria a ser professor, liderou o antigo protectorado britânico durante 27 anos, os dados oficiais indicam que ele sucumbiu à pneumonia.

Na década de 1950, este histórico pan-africanista e dos movimentos independentistas foi a figura central da luta pela libertação do colonialismo britânico, naquela que era conhecida como Rodésia do Norte (actual Zâmbia).

A decisão de fixar seis dias de luto nacional em Moçambique foi tomada tendo em conta “os laços históricos, de irmandade, amizade e solidariedade existentes entre os povos, governos e os estados moçambicano e zambiano”, de acordo com o porta-voz do órgão, Inocêncio Impissa, vice-ministro da Administração estatal e Função Pública.

O governo moçambicano destacou ainda a “contribuição valiosa da República da Zâmbia na Luta de Libertação de Moçambique e na consolidação da independência nacional”, 

Nascido a 28 de Abril de 1924, Kenneth Kaunda tornou-se no primeiro Presidente da Zâmbia em 1964, à frente do Partido da União Nacional para a Independência (UNIP).

Kaunda dirigiu o país como Presidente entre 1964 e 1991, depois de ser a figura central da luta pela Independência, primeiro enquadrado no Congresso Nacional Africano da Rodésia do Norte, e depois na UNIP, partido que fundou e dirigiu o país até às primeiras eleições multipartidárias.

O Pai da Independência e da Nação, Kenneth Kaunda, assumiu a Presidência do país, apesar dos seus pais serem oriundos do vizinho Malawi. O seu progenitor mudara-se para a Zâmbia, na altura ainda uma colónia britânica, como missionário protestante.

O filho do pastor começou por ser professor. Tratava-se de uma profissão de grande prestígio para um africano na era colonial.

Todas as outras funções mais elevadas, quer na Administração, quer na economia privada, estavam reservadas aos brancos.

Avenida Kenneth Kaunda é o nome de uma extensa rodovia na zona nobre da capital de Moçambique, cidade de Maputo. (Seis dias de luto por Kaunda)

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