Shit happens
Sim! Aconteceu comigo esta semana, para não variar. Só que, desta vez, foi demais. Aconteceu…, razão pela qual hoje não haverá TIKU 15 direccionado – Shit happens
É verdade que nem sempre os problemas são necessariamente coisas ruins, mas também há daquelas sh ou me … bem grossas.
Também é verdade que até por vezes eles, os problemas, mas aqui tratados por shit, nos ajudam a crescer e a entender que a vida não é um “mar de rosas”.
Como um dia preconizou o conhecido cantor e compositor brasileiro Wanderley Luís Wildner, mais conhecido por Wander Wildner, se essas tais … a sucederem, é preciso ter alguma dose de discernimento para perceber que de facto “shit happens” e que ninguém é obrigado a ser feliz o tempo todo.
A partir do momento em que você entender isso, perceberá que as dificuldades/problemas/shit precisam acontecer para que nós amadureçamos e aprendamos a desapegar: afinal de contas, ao contrário do que alguns julgam, nada é para sempre. É a lei da vida pessoal!
Para mim, esta semana foi sucessão delas (as malditas shits, e vieram ser apimentadas por aquelas ladainhas de sempre que já viraram moda nesta tal de “Pérola do Índico”, onde os poderosos mandam e desmandam à grossa e nada lhes sucede, até nomes são omitidos, quando o “pobre coitado”, como dizia um dia o nosso “jovem das quantias irrisórias”, é sumariamente julgado, condenado e linchado em praça pública, por vezes sem direito à defesa e matéria de galhofa em tudo o que é media, hoje em dia desde o clássico às chamadas redes sociais, talvez por um simples “dá cá essa palha”.
Veja só o que aconteceu com aqueles facínoras que inspiraram o TIKU 15 do passado dia 21: porque estão a soldo de quem estão, não são nomeados e lá foi anunciada mais uma comissão de investigação ou inquérito apenas “para chinês ver” e fazer os patos dormir.
Compatriotas: é bom recordar, quem sabia, e saber, quem ignorava, que essa é a estratégia dos grandes estupores do mundo quando dominam e achincalham um grupo ou povo. Salazar, o António de Oliveira, assim procedia quando era dono disto tudo, incluindo a metrópole e toda a hoje chamada “África lusófona” e Timor-Leste.
Acreditem, irmãos, que enquanto nos entretermos com mesquinhices tipo “malta” redes sociais, bebidas e Zodwas WaBantu, entre outras, assim continuará e mais comissões de inquérito serão anunciadas e morrerão “solteiras”, sem direito a funeral, muito menos velório…
Haaam, elas o quê? Não vou traduzir o título. Peçam ajuda ao outro porque não consegui assimilar o inglês que por um tempinho o professor Renato Matusse formalmente me tentou ensinar e o Nhachote e o Mablinga continuam a tentar, informalmente, em vão. Também há o problema daqueles fingidos em puristas, quando na realidade são uns excelentes safados. De facto “Shit happens”!
Até para a semana, se Deus quiser.
REFINALDO CHILENGUE
Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã na edição da passada sexta-feira (28 de Julho de 2017), na rubrica semanal deste diário intitulado TIKU 15