Turma da “bolada”

Turma da “bolada  – Quando a peneira com que se tanta tapar o sol é demasiado pequena, é fácil se ver o que se está por debaixo. É como quando o pato tenta se esconder e, o rabo fica de fora, na amostra.

Este introito vem a propósito dos empréstimos que uns cidadãos facilmente identificáveis, incluindo os seus domicílios, foram contrair em alegada defesa da soberania, em nosso nome coletivo e continuam feitos donzelas em bailes de mascaras.  E não é que nos bailes de mascaras se encontram donzelas impolutas….

A cada dia que passa o grau de pressão dos doadores continuam a se fazer sentir e, a poucos dias os nipônicos da JICA alinharam no coro dos “soberanos” que se recusam a desembolsar o que seja, até que as penumbras envoltas a esse dossiê fiquem, definidamente esclarecidas.

Nos bastidores, o que consta é que devido ao congresso que se avizinha ali no partido Frelimo de modo a se evitar um “divórcio” com o indeciso eleitorado urbano, esse assunto da responsabilização deve ter um tratamento adequado e simpático com a turma que fez a “bolada”.

Porém não há como não ficar imune e revoltado pela maneira com que tão intricado dossiê e as alegações que sustentem foram feitas do jeito que foram.

Imaginem os filhos de Vladimir Putin e Donald Trump, em negócios soberanos de Estado chefiados pelos país a irem testar armas que se alegam que era para a defesa do Estado?

Ou os filhos dos nossos dirigentes e o nosso Estado são melhor preparados que os líderes das potências mundiais nestas coisas de defender a pátria?

O tempo se escasseia e o mais pacato dos cidadãos vai morrendo por falta de comprimidos para a malária, enquanto os melhores filhos soberanos vão roncando, em plena cidade alta, motores de alta cilindrada para o eleitorado urbano aprecie o valor de “não ter ido a luta armada de libertação nacional”.

Na guerra de sobrevivência a essa grande “bolada” um documento com a assinatura do então ministro da Defesa e atual timoneiro do Partido Frelimo, foi usada e exposta nas redes sociais e na imprensa tradicional.

Mais do que ninguém, qualquer eventualidade que o posso reconduzir, deverá passar pela purificação de fileiras. A Frelimo já quis que Moçambique fosse o “tumulo do capitalismo” e estamos em crer que o Presidente Filipe Nyusi também queira que o partido que dirige seja o “tumulo de oportunistas e bandoleiros”.

Esta turma precisa, ainda que seja a nível interno do partido abrir o jogo, sob pena de penalizar o coletivo que não tem nada a ver com a “bolada”

Com todos estes cenários e já que perguntar não ofende: Quando a turma da “bolada” irá abrir o jogo?

LUÍS NHACHOTE

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF  do jornal Correio da manhã na edição da passada sexta-feira (27 de Julho de 2017), na rubrica semanal deste diário intitulado DO LADO DA EVIDÊNCIA

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