Stella imortalizada em Gaza

Stella  Admite que os seus primeiros dias como Governadora da Província de Gaza foram literalmente de uma mulher permanentemente de “malas feitas”, dada a alegada “machismo” prevalecente naquele território, associada a alguma campanha para a desacreditar movida por diversos meios, mas resistiu, ganhou corações e venceu.

Falamos da Stella da Graça Magalhães Pinto Novo Zeca, a última Governadora não eleita que dirigiu a província de Gaza, Sul de Moçambique, entre 2015 e 2020, actual Secretária de Estado na província central moçambicana de Sofala.

Efectivamente, no último dia de Abril passado a ministra do Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Augusta de Fátima Charifo Maita, esteve na localidade de Maciene, Distrito de Chongoene, para entregar 32 gaiolas de criação de peixe a uma associação que os integrantes acharam por bem dar o nome de Stella da Graça Magalhães Pinto Novo Zeca.

Trata-se de uma associação composta largamente por mulheres: de um total de 32 integrantes, 30 são do sexo feminino e os restantes dois (guardas), são homens que vão criar peixe na Lagoa de Mwaluti ( https://prestigiomz.com/mwaluti-a-menina-dos-olhos-de-maciene-c-video/ ).

Os membros da associação dizem que optaram por dar o nome da antiga Governadora à sua agremiação como forma de imortalizar a sua passagem por Gaza, que dizem ter sido “marcante”.

Lagoa de Mwaluti, em Maciene, província de Gaza       Lagoa de Mwaluti, Maciene, província de Gaza

Com este gesto das mulheres de Maciene consolida-se o estatuto “nacional” desta mulher filha de pai zambeziano e que em 12 de Maio de 1977 nasceu em Catandica, província de Manica, fez licenciatura em Maputo e governou, ao que tudo indica, com excelência, uma província que se diz eminentemente patriarcal (Gaza).

Aliás, Stella Graça pode ter se dado bem em Gaza porque em tempos (2001), quando estudante, por lá andou, integrada numa equipa de pesquisadores da Visão Mundial, nomeadamente nos distritos de Mandlakadzi e Chibuto, onde tinha a missão de recolher dados socioeconómicos.

Alimentar-se de “xiguinha” e “cacana” e beber água do poço de Gaza em 2001 terão lha forjado para, 14 anos volvidos, regressar àquelas terras para dirigir e conquistar corações, ao ponto de os nativos tudo fazerem para que as gerações vindouras saibam que por lá passou uma docente de Química e Biologia que não só sabe liderar como também nos momentos de lazer brinca à bicicleta e joga basquetebol como poucas.

(Correio da manhã de Moçambique)

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