Terrorismo de Governadores
Terrorismo O Mundo celebrou, Domingo, 3 de Maio de 2020, o Dia Internacional de Liberdade de Imprensa.
Mas a festa e comunicados de praxe sobre o evento foram congelados pelo terror da pandemia de COVID-19 que abala o que já matou mais de 200 mil pessoas desde Dezembro de 2019.
Governos e governantes, gestores e gerentes, políticos e poderosos sentiram-se aliviados, fazendo de contas que estavam ocupados com assuntos de COVID-19 para não falarem da liberdade de imprensa, o dito quarto poder sem poder.
Em teoria, governantes dizem que a imprensa é parceira na luta pelo bem-estar na sociedade, mas na prática fazem guerra fria sem quartel contra profissionais da comunicação social.
Dos 16 países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) menos de cinco estados respeitam a liberdade de imprensa na letra e no espírito de Declaração de Windhoek.
O reino de eSwatini, Zimbabwe e Moçambique são regularmente mencionados por organizações internacionais de defesa de jornalistas como países cada vez menos tolerantes para com a liberdade de imprensa e seus praticantes.
Segundo a recente avaliação da Repórteres Sem Fronteiras, dos 180 avaliados, a Namíbia ocupando a posição 25 com 19.25 pontos é o melhor praticante da liberdade de imprensa na região da SADC numa escala de 0-100 na qual zero é o melhor de todos.
Moçambique na posição 104 com 33.79 ponto é descrito como um país no qual a liberdade de imprensa está em retiro forçado com jornalistas independentes ameaçados e perseguidos pelo governo.
Um jornalista de Cabo Delgado despareceu recentemente.
Na África do Sul, o partido dos Combatentes pela Liberdade Económica tem atacado verbalmente jornalistas considerando-lhes reaccionários.
A controversa ministra sul-africana das Comunicações e Tecnologias Digitais, Stella Ndabeni-Abrahams, foi obrigada a pedir desculpas depois de ter barrado com as próprias mãos a filmagem de um encontro que ia dirigir.
Durante o consulado de Jacob Zuma, foram montados jornal e canal de televisão com missão de branquear escândalos de governação de Zuma & companhia.
Nos Estados Unidos da América, considerado modelo da democracia, o presidente Donald Trump, é considerado inimigo e delinquente de jornalistas independentes.
Com mais de meio século de vida e três décadas e poucos anos trabalhando como jornalista, já é tarde demais para mudar de profissão. Mas o perigo é permanente e real cada dia que passa no exercício da profissão de informar e educar a sociedade.
THANGANI WA TIYANI
Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 06 de Maio de 2020, na rubrica O RANCOR DO POBRE
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