Tete: 101 mortos

Não pára crescer o número de mortos na sequência da explosão de um camião-cisterna em Caphiridzange, província de Tete, quando dezenas de pessoas furtavam combustível.

Enquanto ainda se es­pera pelos resultados do inquérito, em busca das reais circunstâncias em que ocorreu a explosão de um tanque com 35 mil litros de combustível, causando a morte imediata de 43 pessoas, o nú­mero de vítimas mortais na sequência desta tragédia, ocorrida na localidade de Caphiridzange, província de Tete, continua a subir.

Pelo menos até as primeiras horas de quinta-feira os dados divulgados pelas autoridades de saúde em Tete, apontavam para 101 óbitos.

Com estes novos dados, signi­fica que mais duas pessoas perderam a vida na noite de quarta-feira para quinta-feira.

Até a passada estavam reportadas 99 vítimas mortais em resultado das graves queimaduras sofridas naque­le fatídico dia, quando dezenas de pessoas furtavam combustível do camião-cisterna com recurso a bidões.

As autoridades sanitárias têm estado a anunciar que tudo está a ser feito para evitar a ocorrência de mais perdas de vidas humanas, mas a situação dos doentes que ainda con­tinuam internados no leito hospitalar não está a ajudar.

Para já dados disponíveis indicam que continuam internados 40 doentes, dos quais quatro em esta­do grave.

Do número de internados há a contabilizar um total de oito crianças e uma mulher grávida.

Ainda na quinta-feira, o Hospital Provin­cial de Tete concedeu alta hospitalar aos primeiros quatro doentes que estavam interna­dos desde o dia da tragédia.

Na terça-feira desta semana, o governo após a sua reunião ordinária de Conselho de Ministros, disse que continua a aguar­dar pelo relatório final do inquérito em curos no terreno, cuja comissão é chefiada pelo ministro da Justiça, Assuntos Cons­titucionais e Religiosos, Isac Chande.

Dirigindo-se a imprensa, na qualida­de de porta-voz da 41ª sessão do Conselho de Ministros, a vice- ministra da Cultura e Turismo, Ana Comoana, disse que neste momento, o Governo continua a trabalhar no sentido de prestar maior atenção, não só aos feridos, como também para com as fa­mílias das vítimas mortais.

“Está em curso um apoio multifacetado, incluindo apoio psicológico”, sublinhou a governante.

Questionada sobre se, dada a gra­vidade da situação, o governo teria so­licitado algum apoio externo, Comoana anunciou que existe capacidade interna para fazer face à presente tragédia, bem como as consequências desta.

“Aquilo que foi a resposta em ter­mos de solidariedade é possível gerir a situação. Como devem saber, não só o governo, como também, diferentes empre­sas do sector privado e pessoas singulares responderam, de forma positiva, à esta situação”, apontou.

 

redacção

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