Tmcel consciencializa colaboradores sobre o autismo

Por ocasião do Dia Mundial de Consciencialização do Autismo, que se celebra esta terça-feira, a empresa de telecomunicações Tmcel-Moçambique Telecom, SA, promoveu, recentemente, em Maputo, uma palestra sobre o transtorno do espectro autista (TEA) – um distúrbio do neurodesenvolvimento.

O evento foi realizado em coordenação com a Associação Moçambicana do Autismo (AMA), sob o lema mundial “Valorize as capacidades e respeite os limites”, e teve por objectivo transmitir informação aos colaboradores e sociedade em geral, por forma a reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos autistas.

A propósito da iniciativa, Adil Ginabay, director comercial da Tmcel, explicou que, “como empresa, temos promovido várias actividades no âmbito da responsabilidade social e esta é mais uma delas. Convidámos a AMA e a psicóloga Ana Canda para partilharem com os colaboradores as suas experiências sobre o autismo. Através desta acção queremos estar melhor preparados para colaborar para a inserção e inclusão social e profissional dos indivíduos com este transtorno”.

Adil Ginabay, director comercial da Tmcel

Abordada momentos após proferir a palestra, a psicóloga Elda Canda referiu que o autismo é uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal, sendo que a maior dificuldade é a identificação dos sinais de autismo e a questão do diagnóstico precoce.

“Quando olhamos para o contexto da sociedade, nós percebemos que, devido à falta de informação por parte das pessoas, muitos autistas são vítimas de preconceito e discriminação a vários níveis e enfrentam dificuldades de inserção social, em locais nos quais eles também devem fazer parte porque têm esse direito”, sustentou a oradora.

Por sua vez, Nélia Macondzo, presidente da AMA, referiu que a agremiação enfrenta um grande desafio que consiste na busca por um diagnóstico precoce da doença: “É muito importante que as crianças que têm um atraso no desenvolvimento, mesmo que não seja devido ao autismo, tenham acompanhamento, para permitir uma melhor intervenção. Sabemos que os autistas precisam de terapia e não é uma terapia qualquer. Tem de ser um atendimento multidisciplinar. São terapias onerosas”, frisou.

No decurso da palestra, Gabriel Come, jovem autista, partilhou a sua experiência sobre os desafios que tem enfrentado na sua inserção na sociedade: “Fui diagnosticado com este transtorno aos quatro anos de idade, a partir de preocupações manifestadas pelos educadores de infância, na creche. Lembro-me muito bem de ter passado por muitos processos educacionais e nutricionais, até atingir o nível de desenvolvimento que agora apresento, chegando até a passar despercebido como autista, em vários locais”, actualmente, segundo contou.

Momentos depois da palestra, Yolanda Ferro, colaboradora da Tmcel, disse que todos temos a obrigação de procurar conhecer melhor o autista: “É um desafio lidar com um autista, pois é necessário saber interpretar as suas necessidades”, concluiu.

Redactor

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