Todo o protocolo observado

Todo o protocolo observado é uma curta frase que geralmente se pronuncia para dizer que está tudo a postos para o início de uma determinada intervenção.

Todo o protocolo observado, neste caso, nada tem a ver com uma intervenção normal, mas daquelas intervenções que podem dar no torto para muitos inocentes, como é do costume.

É que com tanto cambalacho que caracterizou o censo eleitoral, que até precipitou uma certa província para um avanço desenvolvimentista de 21 anos, é mesmo caso para admitir que todo o protocolo foi observado para, uma vez mais, se empurrar todo um povo para um desastre colectivo.

Como se isso não bastasse, a uns escassos três meses das ditas eleições, que a meu ver delas apenas se esperam os números, porque de resultados não haverá surpresa, no lugar de se falar de uma só RENAMO, já se fala de facções desta (des)organização que se diz estar em processo de desarmamento…

E uma das facções fala de boca cheia para a comunicação social de que vai resolver as suas preocupações, que nem são claras, a tiros, declarando, sem rodeios, que vai fazer sofrer o povo inocente.

Para além daquelas decisões “legalistas” que volta e meia são tomadas.

E de quem jurou nos defender nem uma palavrinha, aparentemente numa de que quando o caldo entornar se vai apelar à paz e orações colectivas…

Sinceramente isto assusta a qualquer mortal e afugenta potenciais investidores nacionais e estrangeiros.

Alguém estará ainda interessado na instabilidade de Moçambique?

Mais uma palhaçada política pode precipitar Moçambique para uma nova tragédia e o mundo vai se fartar de nos socorrer. É que tudo tem limites.

Quem de direito que tome as coisas a sério e não esperar pelo pior para.

Pelos vistos, parece que está todo o protocolo observado para, uma vez mais, se avacalhar este martirizado povo, tudo por causa de supostos políticos irresponsáveis.

 

PS: O pior panorama num confronto é um dos contendores ter (património e quase) tudo a perder e o outro à partida NADA A PERDER e eventualmente até se marimbando para perder a própria vida (lixada) porque se transmitirá a putativa ideia de o primeiro ser um fracote e cobarde e o segundo valentão e determinado.

Será que ainda vamos a tempo de evitar o pior?

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 26 de Julho de 2019, na rubrica semanal denominada TIKU 15 !

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