Trabalhadores da Vulcan

Trabalhadores da Vulcan, a companhia mineira indiana que adquiriu recentemente os activos da Vale nas minas de Moatize, Centro de Moçambique, estão em greve desde a noite do dia 11, exigindo indemnizações decorrentes da venda das concessões pela brasileira Vale, foi hoje anunciado em comunicado. 

Na nota, a Vulcan explica que cerca de 10% dos 5.300 trabalhadores das minas 1 e 2 em Moatize, província de Tete, aderiram à paralisação, admitindo que a acção está a afectar a produção de carvão, mas “ainda não é possível contabilizar as perdas em termos financeiros”.

“Não houve destruição e nem vandalização de equipamento da empresa ou privado. No entanto, a greve não obedeceu aos trâmites legais”, porque os trabalhadores em greve não entregaram um “aviso prévio”. 

A Vulcan manifestou abertura para um diálogo com os trabalhadores e prometeu à Direção Provincial do Trabalho de Tete que vai responder às reivindicações até ao dia 20. 

“A Vulcan reforça o seu objectivo de garantir a continuidade da operação de carvão no país, alicerçado num forte compromisso com os seus valores, dando prioridade às pessoas e às comunidades ao seu redor”, refere o comunicado. 

Parte dos trabalhadores da Vulcan Minerals em greve em Moatize, Tete

No final de Abril, a Vale anunciou ter concluído a operação de venda de activos na exploração de carvão em Moçambique à indiana Vulcan Minerals, um negócio de 270 milhões de dólares norte-americanos. 

“A Vale comunica que concluiu no dia 25 de Abril de 2022 o processo de transmissão responsável da operação de Moatize e do Corredor Logístico de Nacala para a Vulcan Resources, com base no acordo vinculativo da venda de activos”, anunciado em Dezembro, referiu a Vale Moçambique, numa nota à comunicação social. 

A Vulcan é uma empresa privada indiana que faz parte do Jindal Group, com um valor de mercado de 18 mil milhões de dólares norte-americanos, e que já está presente em Moçambique, operando a mina Chirodzi, localizada também na região de Tete.

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