Três moçambicanos detidos

Três cidadãos moçambicanos estão detidos na província sul-africana do Cabo do Norte, depois de terem sido surpreendidos posse de cornos de rinocerontes, em violação do artigo 57 da lei de gestão ambiental de biodiversidade, de 2009, da África do Sul.

Tomas Chester Francisco, 35 anos, Mateus Betuel Novela, 42 anos e David Betuel Novela, 41 anos, foram detidos no dia 7 deste Fevereiro durante uma operação de inteligência realizada por oficiais da Direcção de Investigação de Crimes Prioritários Hawks, na fronteira de Vioolsdrif entre a África do Sul e a Namíbia.

O trio (os três) compareceu no tribunal distrital de Springbok na segunda-feira desta semana para a legalização da sua detenção, tendo regressado quarta-feira para pedidos de caução, mas o caso foi adiado até 20 deste mês para permitir que os investigadores prossigam com as suas averiguações em torno do dossier.

Uma fonte da Direcção de Investigação de Crimes Prioritários disse ao jornal Correio da manhã desconhecer como é que os moçambicanos foram parar àquele extremo sul da África do Sul com aquelas pontas de rinocerontes.

O posto de fronteira de Vioolsdrif funciona 24 horas por dia.

Nomthandazo Mnisi, oficial de comunicação da Direcção, confirmou o Correio da manhã que o trio compareceu efectivamente no tribunal de Springbok na quinta-feira, mas foi mantido sob custódia até dia 20 deste mês para efeitos de pedido de libertação sob fiança.

Os membros da unidade especializada em crimes prioritários receberam informação de fontes anónimas indicando que um carro suspeito estava parado a 20 quilómetros da fronteira de Vioolsdrif.

Os oficiais dirigiram-se ao local, vasculharam a viatura e apanharam um saco com dois cornos de rinocerontes avaliados em 648 mil randes, cerca de 46.230 dólares norte-americanos (aproximadamente 2.998.470 meticais).

Entretanto, a Polícia sul-africana queixou-se Domingo ao Cônsul de Moçambique nos três Cabos, nomeadamente Cabo Ocidental, Cabo Oriental e Cabo do Norte, Cristóvão Gemo, sobre o comportamento de moçambicanos em Mossel Bay, Cabo do Norte (Cm N° 5754, págs. 1 e 2).

O representante da Polícia acusou moçambicanos de serem ladrões e assassinos e que doravante não haveria contemplações para criminosos e que seriam detidos e deportados para o seu pais de origem.

Fontes da comunidade disseram ao Correio da manhã que o representante da Polícia afirmou no encontro dirigido pelo Cônsul Gemo que quando os agentes policiais recebem queixas de roubo de energia nos bairros já sabem que são moçambicanos que furtaram cabos eléctricos.

(Correio da manhã de Moçambique)

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