12º Congresso da Frelimo

12º Congresso do governamental partido Frelimo terminou esta terça-feira na Matola com o respectivo líder, Filipe Jacinto Nyusi, a apelar à unidade nacional e para o risco de instrumentalização da identidade étnica para fins políticos.

“A unidade nacional requer uma atitude positiva de todos os cidadãos”, que é incompatível com a “instrumentalização da identidade étnica como cavalo de batalha para a luta pelo poder”, declarou Nyusi, esta terça-feira.

A diversidade étnica, religiosa, racial e social deve ser um factor de inclusão e reconciliação nacional e não de discriminação, enfatizou o líder do partido Frelimo, no poder desde que Moçambique se tornou independente de Portugal em Junho de 1975.

Filipe Nyusi assinalou que foi a unidade que permitiu que os moçambicanos conquistassem a independência face ao colonialismo português, há 47 anos.

Num discurso para dentro do partido, a propósito do 12º Congresso, Nyusi afirmou que o encontro permitiu que a força política reafirmasse a sua posição de vanguarda na governação e busca de soluções para os problemas do país.

“Voltamos a reafirmar a vontade de continuarmos juntos e unidos em torno do mesmo ideal de liberdade, paz, justiça e desenvolvimento”, destacou Nyusi, que é igualmente Presidente da República de Moçambique.

A reunião magna do partido Frelimo, prosseguiu, revitalizou o partido, mantendo-o como força incontornável da vida dos moçambicanos.

Filipe Nyusi defendeu ainda que a participação de várias delegações estrangeiras demonstra o prestígio internacional do partido no poder em Moçambique.

O presidente do partido Frelimo destacou ainda a capitalização do potencial que o país detém em recursos naturais com vista ao desenvolvimento.

Filipe Nyusi voltou a apelar a uma reflexão sobre a pertinência de se realizarem as primeiras eleições distritais em 2024, reiterando que as dúvidas não se prendem com qualquer receio do partido no poder em relação ao resultado desse escrutínio, mas com a sua exequibilidade.

O 12º congresso da Frelimo terminou esta terça-feira, depois de cinco dias de trabalhos, marcados pela recondução do presidente e do secretário-geral do partido, Roque Silva Samuel – a par da eleição de novos órgãos: Comité Central, Comissão Política e um novo secretariado -, por entre debates sobre a situação política e económica do país e internacional.

Redactor

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