ANC e COSATU

ANC e COSATU parecem ter a velha aliança estratégica “por um fio”, a avaliar, a avaliar pelos acontecimentos registados no primeiro dia do 14° Congresso da poderosa confederação sindical que decorre em Midrand, uma cidadela rematada entre Joanesburgo e Pretória, em Gauteng, na África do Sul e que deverá terminar esta quinta-feira (29 de Setembro).

O que leva os analistas a ventilarem este panorama é o facto de esta segunda-feira, dia de abertura do congresso da Congresso of South African Trade Unions (COSATU), Gwede Mantashe, que liderava a delegação do Congresso Nacional Africano (ANC), previamente convidada, ter sido ruidosamente vaiado pelos delegados ao certame e forçado a abandonar a sala de sessões.

A liderança da COSATU comprometeu-se a tudo fazer para “disciplinar” os congressistas e, então, ficou combinado que a mensagem de saudação e de apoio ao congresso, feita pelo Congresso Nacional Africano, ficaria para esta terça-feira (27 de Setembro).  Debalde, os congressistas voltaram a não querer ouvir a mensagem do ANC.

Sem hipóteses, Gwede Matanshe, que estava acompanhado por Mmamoloko Kubayi, Lindiwe Zulu e Gwen Ramokgopa, todos membros do Comité Executivo Nacional (NEC) do ANC, desistiu e, cabisbaixo, abandonou, de novo, a sala onde decorria a reunião.

Os delegados da COSATU acusam o ANC de ignorar as reivindicações dos trabalhadores e olham para Gwede Matanshe como um dos rostos da actual crise energética, ele que é Ministro dos Recursos Minerais e Energia.

Falando a jornalistas, Gwede Matanshe disse que é “vergonhoso” a COSATU pedir se divorciar do ANC em público. Mesmo assim, Matanshe assegurou que a saída da delegação do ANC, da sala onde decorre o congresso, não significa o fim da parceria com a COSATU.

“O que aconteceu significa que a aliança é fraca, enfraqueceu muito. O que precisa ser feito agora? Precisamos de nos encontrar e tentar reconstruí-la”, minimizou Mantashe.

Num esforço para minimizar o quadro, Matanshe aproveitou a presença da imprensa para ironizar a disponibilidade de Zuma de retornar ‘a vida política activa. O actual Ministro dos Recursos Minerais e Energia disse: “Esta é a maior piada do ano. Aos 81 anos, Zuma disputando cargos é a maior piada que ouvi durante todo o ano”.

É porque Jacob Zuma deu a conhecer que está a ser assediado por quadros do ANC para concorrer a um cargo equiparado a Presidente da Assembleia Geral do Congresso nacional Africano (ANC).

RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sul

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