Reacção da UNITA: eleições
Reacção da UNITA relativamente às quintas eleições gerais realizadas esta quarta-feira em Angola formalmente apresentada esta sexta-feira em Luanda pelo Presidente do Partido, Adalberto Costa Júnior.
O líder da UNITA diz não reconhecer a vitória do MPLA anunciada pelo órgão oficial gestor do processo e pediu uma comissão internacional para comparar as actas eleitorais na posse do partido com as da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
“Não existe a menor dúvida que o MPLA [Movimento Popular de Libertação de Angola] não ganhou as eleições do dia 24”, disse o presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto Costa Júnior, em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Luanda.
“O MPLA não ganhou as eleições, pelo que a UNITA não reconhece os resultados provisórios da CNE”, reforçou Adalberto Costa Junior, ladeado por Abel Chivukuvuku e Filomeno Vieira Lopes, parceiros da coligação eleitoral UNITA-Frente Patriótica Unida.
Na sua intervenção, referindo-se a uma “trapalhada da CNE” na contagem dos votos, Adalberto Costa Júnior indicou três círculos onde a UNITA, segundo as contas do partido, teve pelo menos mais três mandatos.
Segundo dados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), quando estavam escrutinados 97,03% dos votos das eleições realizadas na passada quarta-feira, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975) obteve 3.162.801 votos, menos um milhão de boletins escrutinados do que em 2017, quando obteve 4.115.302 votos.
Já a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) registou uma grande subida, elegendo deputados em 17 das 18 províncias e obtendo uma vitória histórica em Luanda, a maior província do país, conseguindo até ao momento 2.727.885 votos, enquanto em 2017 obteve 1.800.860 boletins favoráveis.
Redactor