O festival dos apparatchiks

O festival dos apparatchiks – Estamos na “ressaca” da grande “bebedeira” para a qual Moçambique todo foi empurrado pela SIMO e, por arrastamento, pelo seu sócio maioritário (e supervisor?) Banco de Moçambique.

Este triste episódio avultou, uma vez mais, a promiscuidade, o compadrio e o nepotismo que campeiam em muitos sectores, incluindo os sensíveis, onde, não raras vezes, basta ser um appatchik para lá estar.

Foi pesarosa a falta de nível (para ocupar o cargo que ocupa) evidenciada pela presidente da SIMO na sua aparição pública, num domingo, para se debruçar sobre o apagão que flagelou a rede financeira nacional. Só faltou socorrer-se do suspeito de sempre (um determinado partido) pela tragédia, como tem sido recorrente para/e por muitos incompetentes.

Foi mais constrangedor, ainda, alguém convocar a comunicação social em pleno domingo para, entre outras fragilidades técnicas evidenciadas sobre o assunto em análise, faltar, publicamente, à verdade.

E, como se não bastasse, o responsável máximo do banco emissor (favor ler Correio da manhã Nº 5101, de 23 de Junho de 2017, com o título Quo vadiz Zandamela e Nº 5145 (Dito e feito), de 25 de Agosto de 2017) veio piorar o cenário, no dia 20 deste Novembro, quando ouvido pela Comissão do Plano e Orçamento (CPO) da Assembleia da República (AR).

Depois daquele deprimente espectáculo, definitivamente, Zandamela, o vulgo Xerife da Avenida 25 de Setembro, de Xerife não mais sobrou. O objectivo enunciado nas duas edições anteriormente referenciadas foi plenamente atingido, aparentemente com a cumplicidade (voluntária ou não), do próprio Zanda.

Entrou fulminante em palco, o que poderá ter desagradado alguns que, com mestria, terão tratado de lhe “fazer a cama” e hoje está nela deitado como está. Completamente alinhado com os restantes influentes no teatro: acusável de arrogante, mentiroso e não ser figura de reputação ilibada. Já não faz diferença e não serve como referência.

Rogério Zandamela ridicularizou-se, completamente, com aquelas adjetivações assacadas ao BizFirst, empresa que, tal como soube responder à senhora Gertrudes Tovela, com evidências irrefutáveis evidenciou, prontamente, não ser verdade que tem Moçambique como único cliente à escala planetária. Basta uma espreitadela no Google…

E aquela falar do tamanho então! Me fez lembrar aquela vovó que quando se divorciou do marido até foi evocar, nas cavaqueiras com as amigas, a questão do tamanho de algo do seu ex-parceiro de longas décadas, ou daquele(a)s manos e manas “político(a)s” que cada vez que mudam de partido falam mal da organização que anteriormente defenderam com muito ruido, se desacreditando do anterior, do presente e provavelmente do futuro.

Sr. Zandamela, já imaginou como negociarão contigo os tais representantes do novo provedor que disse estarem a caminho, sabendo que é daqueles que quando a relação termina fala impropérios sobre o anterior parceiro?

Não foi por falta de aviso, pelo menos desta casa. Talvez não tenha tido conhecimento dos nossos alertas por nos considerar “minúsculos” e, portanto, dispensáveis para as suas doutas leituras. Mas, hoje por hoje, é desautorizado e tem o nome na lama do esgoto e qualquer um reclama a sua cabeça…

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 23 de Novembro de 2018 na rubrica semanal TIKU 15!

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