Africanos no Mundial 2018

Cinco países africanos participam no Campeonato Mundial de Futebol edição 2018 em curso na Rússia.

As selecções de Egipto, Marrocos, Nigéria, Senegal e Tunísia representam 55 países africanos e mais de mil milhões de habitantes do chamado continente negro.

Não é a primeira vez que países africanos participam na maior competição mundial do chamado desporto rei, mas nunca ganharam o troféu mais cobiçado por futebolistas. Este ano, a presença de Marrocos coincidiu com a sua tentativa mal sucedida de acolher a competição mundial em 2026.

Marrocos perdeu a corrida a favor dos Estados Unidos da América, México e Canadá, que vão co-acolher o Campeonato Mundial de Futebol edição 2026.

A única vez que a copa do Mundo decorreu em África foi em 2010 na África do Sul, o país considerado mais industrializado no continente africano.

Alguns sul-africanos dizem que o seu país acolheu a copa do Mundo em memória de Nelson Mandela, o líder e antigo prisioneiro político mais famoso a nível mundial. Em 1996, a África do Sul acolheu e ganhou o campeonato africano de futebol, feitos também considerados bênçãos especiais de Nelson Mandela.

As qualidades de um líder fazem grande diferença para um país e um continente inteiro.

África precisa de 55 Mandelas para ganhar corridas de acolher a copa do Mundo e, quiçá, o troféu.

Marrocos é um país africano que se transformou num colonizador de outro país africano – Sahara Ocidental –, mas quer apoio dos outros africanos para acolher o campeonato mundial de futebol edição 2026.

No rancor do pobre falamos várias vezes da crise de liderança em África que provoca desgraça e agrava a pobreza dos africanos.

Na Rússia, consta que os representantes africanos perderam os jogos de estreia e jogadores de algumas selecções até marcaram na sua própria baliza beneficiando os adversários.

O tempo de acusar antigas potências coloniais pelas nossas fraquezas passou. Outros países que também foram colonizados estão avançados no desenvolvimento sócio-económico.

Em Maio de 2018, África celebrou 55 anos da União Africana que em nome da Organização da Unidade Africana liderou esforços de libertação do continente.

Hoje apenas um dos 55 países do continente permanece colónia e os outros são independentes, mas o fornecimento de serviços básicos de saúde, água potável, estradas, pontes e escolas para melhorar a vida dos africanos permanece luxo de um punhado da elite.

O Campeonato Mundial de Futebol edição 2018 vai terminar na Rússia e os africanos regressarão à casa de mãos vazias, como sempre.

THANGANI WA TIYAN

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 20 de Junho de 2018 na rubrica semanal    O RANCO DO POBRE!.

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