Amizade chinesa em África

A República Popular da China está em África há mais de meio século cooperando com os países africanos independentes, incluindo a minha aldeia.

Depois de terem alcançado suas respectivas independências das potenciais coloniais europeias, os novos estados africanos estabeleceram relações de amizade e cooperação com os antigos colonizadores.

Governos africanos acreditavam que escravatura, exploração de homem por homem e colonialismo eram coisas do passado nas relações com países europeus.

O conceituado académico moçambicano, Lourenço do Rosário, dissera-me em entrevista há mais de cinco anos que antigas potências europeias não tinham abandonado os motivos que as levaram a realizar as chamadas viagens de descobrimento que culminaram com escravatura, exploração de homem por homem e colonialismo em África – recursos naturais africanos.

A amizade e a cooperação de mais de cinco décadas com europeus em geral ainda não produziu resultados tangíveis ou visíveis a olho nu para a redução e ou erradicação da pobreza em África.

África continua sem infra-estruturas tais como linhas férreas, hospitais, estradas, pontes, escolas, linhas de transporte de electricidade e aeroportos novos e modernos.

Entretanto, a amizade e a cooperação com a China Comunista construíram estradas, circulares e pontes de classe mundial que qualquer pessoa pode ver à luz do dia ou mesmo à noite.

Europeus procuram diabolizar a China Comunista, fazendo me recordar a propaganda que faziam durante guerras de libertação em África. Na minha aldeia, dizia-se nos tempos de minha infância que chineses comiam pessoas.

Os pais aconselhavam suas crianças a fugirem de carros com chineses, para evitar raptos que terminariam no prato numa mesa.

Agora percebo que a propaganda servia para afastar jovens de eventual recrutamento para se juntarem a movimentos de libertação apoiados por chineses.

Alegam hoje que chineses dilapidam recursos florestais e marinhos africanos sem dom nem piedade.

O embaixador chinês na África do Sul disse há um mês que traficantes de cornos de rinocerontes, de marfim, madeira ou de outros recursos africanos são criminosos que devem ser punidos severamente nos termos de lei.

Segundo o diplomata, na China criminosos são punidos sem contemplações e o mesmo devia acontecer em África.

Parabéns frutos de cooperação África-China.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 07 de Novembro de 2018 na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

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