Bitcoin em Moçambique

Estão numa fase avançada os preparativos para a apresentação formal do Bitcoin, um negócio digital que está a agitar “meio mundo”, disseram ao Correio da manhã os organizadores do evento.

Sábado, 12 de Maio de 2018, é a data aprazada para o evento, que deverá decorrer entre finais da manhã e princípio da tarde, em cerimónia pública para a qual estão já a ser preparados convites.

O grupo dinamizador dos preparativos da cerimónia oficial da apresentação do Bitcoin em Moçambique aponta o negócio como uma oportunidade de investimento irresistível, alegadamente por oferecer grandes fontes de rendimento, tornando o investidor potencialmente ganhador.

Em jeito de demonstração referem que um accionista precisa, numa primeira fase, de investir um valor mínimo inicial de $99, cerca de 1800 randes (aproximadamente 8773 meticais, incluindo os custos de transacção), por exemplo.

A Bitclub Network permite que o investidor compre acções em qualquer uma das bancas de acções e ganhar os lucros dessas acções baseado na flutuação diária do Bitcoin (investimento de médio a longo termo)

Banca 1: $500(+/-41432 meticais)

Banca 2: $1000 (+/- 82865 meticais)

Banca 3: $2000 (+/- 155981 meticais)

Fundador da banca: $3500 (+/- 272967 meticais), ressalvando que o valor em meticais inclui também os custos de transacção.

Os promotores do Bitcoin salientam que não é necessário apostar directamente, mas a firma assume todos os riscos de modo a realizar as melhores ofertas e apostas na melhor época possível, tal como seria se estivesse a comprar acções numa mina da ouro ou de em qualquer outra companhia que tenha acções disponíveis na bolsa.

É ainda sublinhado que o retorno do investimento tem sido entre 24-60% por ano (comparado com os entre seis e oito pontos percentuais/ano oferecidos pela banca comercial tradicional).

Aponta-se que a percentagem de ganhos diários geralmente reflectem-se após um período de espera de 30 dias).

Diz-se que estes ganhos crescerão à medida que o investidor comprar mais acções, o que mais tarde incrementa os seus ganhos diários.

Banco de Moçambique distancia-se e alerta dos perigos do Bitcoin
Banco de Moçambique distancia-se e alerta dos perigos do Bitcoin

Alertas do Banco de Moçambique

Depois que se notou uma disseminação intensiva de notícias sobre o Bitcoin, o Banco de Moçambique lançou, na primeira quinzena de Janeiro deste 2018, um alerta sobre os “riscos” do uso da moeda virtual, alegadamente por poder estar associada “a acções criminosas”.

“Esta moeda pode estar ligada a acções criminosas como o branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e tráfico de drogas”, referiu, na altura, o Banco de Moçambique (BM) num comunicado enviado às Redacções.

Na altura o BM sublinhava que não fiscaliza nem supervisiona as actividades e transacções efectuadas através da “Bitcoin”, acrescentando que não há enquadramento legal para a actuação do banco central em casos de irregularidades no processo.

“As empresas que negoceiam com ‘bitcoin’ não são reguladas, autorizadas ou supervisionadas pelo Banco de Moçambique”, salientava o aludido comunicado.

Para o BM, as entidades que usam ‘bitcoin’ não oferecem segurança e estão vulneráveis a fraudes e a crimes informáticos.

“O Banco de Moçambique afirma o seu compromisso em apoiar as inovações financeiras, inclusive as baseadas em novas tecnologias que tornem o sistema financeiro mais seguro e eficiente”, concluía o comunicado em alusão.

A ‘bitcoin’ nasceu em 2009, tendo sido criada por uma pessoa com nome fictício de Satoshi Nakamoto. É considerada a moeda virtual mais popular do mundo e baseia-se na tecnologia ‘blockchain’, que suporta o seu valor material na criptografia de dados informáticos.

A criptomoeda permite registos anónimos dos utilizadores, o que tem levado a críticas de que serve apenas para facilitar o branqueamento de capitais e pagamentos ilícitos.

A moeda virtual ainda não é amplamente aceite nas lojas para comprar mercadorias e não pode ser depositada num banco.

O principal problema em usá-la como uma moeda é o seu valor ser volátil, às vezes de forma súbita.

Redacção

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 27 de Abril de 2018.

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