Caderno reivindicativo

Caderno reivindicativo – A RENAMO reiterou esta segunda-feira em Maputo a rejeição dos resultados das eleições de 15 deste Outubro e apresentou um caderno reivindicativo ao Governo, no qual pontificam seis pontos, para se ultrapassar o imbróglio eleitoral.

Entre o rol de exigências apresentadas, em declaração, no final da reunião do Conselho Nacional da RENAMO, realizada esta segunda-feira em Maputo avultam as seguintes:

 

– Não aceitar nem reconhecer os resultados da votação realizada no dia 15 de Outubro de 2019 e por consequência exigir a reposição da verdade eleitoral negada ao povo moçambicano em virtude das graves irregularidades que mancharam o processo na sua plenitude;

– Instar a todos os moçambicanos a não aceitarem a mega-fraude eleitoral;

– Exigir a libertação imediata e incondicional de todos os membros da Renamo arbitrariamente detidos ao longo de todo o processo eleitoral;

– Que o Presidente da República, na sua qualidade de Chefe de Estado, garante da Constituição da República e Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança esclareça publicamente a proveniência dos votos e urnas na posse dos membros do partido Frelimo, seu partido fora do circuito dos órgãos eleitorais e esclareça igualmente a quem servem as Forças de Defesa e Segurança que ostensivamente e com fundos públicos se posicionaram em prejuízo da vontade popular;

– Exigir à Comissão Nacional de Eleições que esclareça publicamente a circulação de boletins de voto fora do circuito dos órgãos eleitorais;

– Encetar diligências junto da sociedade moçambicana e da comunidade internacional de modo a encontrar soluções para a reposição da verdade eleitoral.

Esta segunda-feira, ao discursar na sessão da abertura da reunião do Conselho Nacional, Ossufo Momade alegou estar a ser “pressionado” por “todos os quadrantes da sociedade moçambicana para fazer tudo em prol da verdade eleitoral”, face à “escandalosa fraude”.

“O partido Renamo [Resistência Nacional Moçambicana] tem estado a receber pressão de todos os quadrantes da sociedade moçambicana e não só de modo a fazermos tudo para repor a verdade eleitoral”, declarou Ossufo Momade.

“Contrariamente a essa vontade comum e genuína [de eleições livres, justas e transparentes], tivemos, vergonhosamente, as eleições mais fraudulentas jamais vistas no nosso país e no mundo inteiro”, frisou Ossufo Momade.

O país, prosseguiu, deve ultrapassar o litígio emanado do processo eleitoral, a bem da paz e da reconciliação nacional.

(Correio da manhã de Moçambique)

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