“Chapeiros” angolanos: Greve

“Chapeiros” angolanos suspendem grave prevista para segunda a quarta-feira da próxima semana, depois de satisfeitas 60% das reclamações apresentadas ao Governo de Angola.

Com efeito, a Direcção da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) anunciou hoje que suspendeu a paralisação dos serviços prevista para entre 01 e 03 de Março.

O anúncio da paralisação dos taxistas (“chapeiros angolanos”) de Luanda foi feito na quinta-feira, para reivindicação do mau estado das estradas, a sua exclusão em políticas públicas de habitação e microcréditos para a juventude, bem como do comportamento dos agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC).

Segundo o líder da ANATA, Francisco Paciente, a greve foi suspensa, mas “a associação vai seguir milimetricamente” os trabalhos de recuperação das vias, do comportamento dos agentes das forças de segurança, bem como da inclusão social dos taxistas.

Francisco Paciente referiu que depois de vários encontros com as autoridades, com vista a encontrar um entendimento entre os taxistas e o Governo foram colocados à disposição vários meios de diálogo e de trabalhos de constatação às reclamações apresentadas pela ANATA.

“Olhando para a questão dos excessos policiais houve uma melhoria significativa, na ordem de 80%, isto é satisfatório para nós, estamos a falar do SIC e também da polícia de trânsito e ordem pública”, referiu.

Aliás, hoje o “Jornal de Angola” faz hoje manchete com a notícia de que a polícia decidiu suspender as barreiras nas estradas da capital, os testes com bafómetro aos automobilistas, bem como a realização de “Operação Stop”, com o uso de cones e outros dispositivos de sinalização, usados pela corporação, alegadamente para acautelar “comportamentos excessivos” por parte de alguns agentes, quando do cumprimento das suas atribuições.

Relativamente ao mau estado das vias, Francisco Paciente disse que foram realizadas visitas de constatação pelo Gabinete Provincial de Tráfego e de Mobilidade de Luanda e a Comissão Administrativa de Luanda, em duas zonas reclamadas, nomeadamente as vias dos Congolenses e Bairro Operário, onde se iniciam hoje obras de manutenção provisória das mesmas.

Em Mocambique os operadores de táxis semico-colectivos de passageiros sao conhecidos por “chapeiros”, palavra oriunda de “chapa 100”, porque quando esta actividade comecou era praticada em viaturas de caixa aberta e a taxa de passagem eram 100 meticais.

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