Criminosos deixam marcas

Criminosos – A cidade de Joanesburgo acolheu no passado final da semana o festival de Global Citizen ou Cidadão Global, no qual vários países, governos, organizações, pessoas colectivas e singulares anunciaram cometimentos financeiros que totalizam 7.1 mil milhões de dólares norte-americanos para o combate à pobreza e doenças que afectam 137 milhões de pessoas no continente africano.

O festival de Cidadão Global decorreu no âmbito das celebrações do centenário natalício de Nelson Mandela, que se fosse vivo completaria 100 anos em 2018.

Mandela é considerado “primeiro cidadão global.

O festival foi um verdadeiro evento global de caridade e solidariedade para com empobrecidos africanos.

O evento decorreu no estádio de desportos FNB, o maior da África do Sul, com cerca de 95 mil lugares.

Houve espectáculo musical de classe mundial, com desfile de músicos locais e internacionais de reconhecida craveira perante gente de todos os cantos do Mundo, de extractos sociais, económicos, políticos, académicos, religiosos e cores da pele honrando o espírito arco-íris de Madiba.

No final, criminosos fizeram o seu espectáculo, deixando marcas no festival de Cidadão Global, com furto, estupro e violência contra as suas vítimas.

A Polícia perdeu controlo da situação e passou para defensiva, tentando sem sucesso desdramatizar rios de relatos das vítimas veiculados nas redes sociais e amplificados por canais de televisão e de rádio.

Com a xenofobia à mistura na justificação do fracasso da manutenção da lei e ordem, a Polícia anunciou a detenção de sete estrangeiros suspeitos de envolvimento em assaltos a participantes no festival Global Citizen.

Os estrangeiros são sistematicamente usados como tubo de escape para justificar a desordem no combate ao crime na África do Sul, onde 57 pessoas são assassinadas em média por dia, oficialmente.

Populares que falaram para rádios e canais de televisão da África do Sul disseram que os agentes da Polícia destacados para garantir a segurança de convivas concentraram-se na protecção de personalidades internacionais como a cantora Beyonce e outros e deixaram sul-africanos à sua sorte.

A Fundação Patrice Motsepe, co-organizadora do evento, emitiu um comunicado nesta terça-feira pedindo desculpas às vítimas de criminosos no Festival Global Citizen.

Com ou sem desculpas, criminosos deixaram marcas confirmando que a África do Sul é uma zona de guerra sem quartel não declarada.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 05 de Dezembro de 2018 na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

Caso esteja interessado em receber regularmente a versão PDF do jornal Correio da manhã manifeste esse desejo através de um correio electrónico para corrreiodamanha@tvcabo.co.mz, ou geral@correiodamanhamoz.com.

Também pode ligar para o 84 1404040, 21305326 ou 21305323.

Gratos pela preferência

Compartilhe o conhecimento
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *