Degolada uma pessoa

Degolada – Desconhecidos degolaram na quinta-feira uma pessoa nas matas de Silva Macua, Cabo Delgado, disse fonte local, agravando a insegurança que desde domingo afecta o Sul da província moçambicana, até agora considerado livre de rebeldes armados.

Fonte comunitária referiu que a descoberta de uma pessoa degolada nas matas motivou a debandada da população e estruturas locais da aldeia de Salaue, a menos de 100 quilómetros de Pemba, junto à estrada nacional 1 (EN1) que conduz à capital provincial.

Agora não haverá mais que 50 pessoas na povoação, que não arriscam passar lá a noite: escondem-se no mato e só voltam a Salaue durante o dia, descreveu.

O incidente aconteceu depois do alarme lançado no distrito de Ancuabe, com ataques contra a aldeia de Nanduli (no domingo), a Grafex, mina de grafite e a comunidade de Muaguide (ambos na terça) provocando, pelo menos, quatro mortos. 

A situação levou também a empresa mineira australiana Syrah Resources a suspender na quinta-feira as operações logísticas na estrada que liga a mina de Balama à capital Pemba e ao porto de Nacala.

A via serve para exportar o minério para fabricantes de baterias de carros elétricos noutros países.

A mina está situada noutra área de Cabo Delgado, 200 quilómetros a sudoeste da zona dos incidentes e continua a funcionar normalmente.

Na terça-feira, o governador de Cabo Delgado apelou à população para regressar às suas casas, dizendo também que as forças governamentais têm a situação controlada.

Supõe-se que as ações em diferentes locais remotos do distrito de Ancuabe sejam desencadeadas por rebeldes em fuga da ofensiva militar que está em curso desde Julho de 2021, com apoio internacional, no extremo Norte de Cabo Delgado (distritos de Palma, Mocímboa da Praia e Muidumbe), na zona dos projectos de gás.

A província é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED. (Degolada uma pessoa)

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