Eleições nos EUA

Podemos fazer de contas que não queremos acompanhar as coisas que acontecem nos Estados Unidos da América, mas no final do dia a política, economia e tecnologia dos norte-americanos afectam negativa ou positivamente a nossa vida no Mundo e na aldeia onde vivemos.

O candidato republicano, Donald Trump, tem estado a ser um verdadeiro animador do espectáculo eleitoral americano.

Trump diz que os resultados das eleições de Novembro próximo já foram cozinhados a seu desfavor.

Não aceita dizer se vai ou não reconhecer os resultados depois da votação. Insiste na fraude contra a sua candidatura, dizendo que só vai perder as eleições por causa da fraude montada.

Acusa amedia de estar contra a sua candidatura. Em África, quando candidatos de oposição choram por causa de fraude em períodos de eleições, a diplomacia norte-americana limpa-lhes as lágrimas.DonaldTrump vai fazendo todos os dias“copy&paste” do comportamento da maioria dos candidatos e políticos do continente berço da humanidade em períodos eleitorais.

Para alguns, o candidato republicano está a dizer a verdade sobre processos eleitorais no país mais poderoso do planeta.

O stablishmentdesvaloriza alegações de Trump como sendo bizarras na democracia ocidental.Mas alguns pensam numa guerra civil na América depois da votação de Novembro para Casa Branca como acontece em Moçambique e noutros países.

Em 1992, estive nos Estados Unidos da América durante um mês a acompanhar o processo eleitoral até à conferência/convenção do partido Democrata realizada na cidade de Nova Iorque. Visitei seis estados conversando com pessoas de vários extractos. No final da minha visita fiquei com a percepção de que chegar ao poder nos Estados Unidos é basicamente um destino para ricos, mesmo na aldeia.

Um pobre, na definição do dicionário das Nações Unidas, que vive com menos do equivalente a dois dólares norte-americanos por dia, não pode ser senador ou deputado, para não falar de chegar à Casa Branca.

Entretanto, DonaldTrump é um multimilionáriosem créditos firmados no caldeirão político ocidental.

Usa todas as armas para enfrentar a veterana Hillary Clinton. Ganhou as primárias contra a vontade da liderança do seu Partido Republicano sem fraude.

A sua vitória para concorrer contra a candidata democrata na fase final mostrou que para todos os efeitos existe alguma forma de democracia nos Estados Unidos da América, pois se fosse no continente berço da humanidade Trump teria sido afastado por um punhado de camaradas da Comissão Política ou Comissão Nacional Executiva descontentes com a aventura e paranoia.

Alegar fraude na fase final pode ser mais uma peça do seu espectáculo gratuito para Casa Branca.

A ser verdade, então Al Gore foi mesmo roubado por Bush filho durante a corrida. O candidato democrata não se vingou como Dhlakama, em Moçambique, e Jean Ping, no Gabão. A ver vamos com DonaldTrump.

Autor: Thangani wa Tiyani

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