Função Pública

Função Pública – O continente africano celebrou, esta semana (terça-feira), o Dia Africano da Função Pública, sob o lema O papel da administração pública e construção de coexistência pacifica entre comunidades.

A África do Sul tem, pelo menos, 2.108.125 funcionários públicos, servindo cerca de 58 milhões de habitantes.

O serviço público é considerado essencial para as comunidades, mas servidores ou funcionários transformam instituições públicas em locais de humilhação do público que deviam servir com respeito.

Alguns funcionários públicos alegam que o salário é baixo, mas quando pediram emprego ficaram a saber o salário que cada um iria receber em troca da sua força de trabalho em prol do público.

Em quase todo o Mundo, incluindo nos países desenvolvidos, a Função Pública é considerada relativamente menos eficiente em relação ao sector privado.

Nos países em desenvolvimento, incluindo na minha aldeia, a ineficiência na Função Pública é muito acentuada e exagerada.

Funcionários públicos criam entraves para forçarem utentes a pagarem “refresco” em troca de serviço gratuito, como matricular criança na escola ou emitir Bilhete de Identidade.

Na África do Sul, suborno ou corrupção tornou-se cultura em muitas instituições públicas.

Agentes da Polícia e funcionários do Ministério dos Assuntos Internos que lidam com a recolha de dados e emissão de documentos de identidade são citados em vários estudos sobre corrupção como sendo os mais corruptos entre outros agentes do Estado.

Durante nove anos de governação de Jacob Zuma, a corrupção generalizou-se de forma exponencial em quase todas as instituições públicas e provocou colapso da companhia aérea nacional de bandeira, a SAA, empresa dos transportes ferroviários, a TRANSNET, e companhia pública de electricidade, a ESKOM, entre outras.

A Função Pública transformou-se em ninho de corrupção comprometendo a qualidade de serviços prestados em vários sectores da economia e da sociedade.

Na minha aldeia, professor e enfermeiro das instituições públicas que no passado eram modelos de ética na sociedade tornaram-se fontes de difusão de práticas de desonestidade com a venda de notas de passagem de classe e cobrança de dinheiro para vagas gratuitas nas escolas e atendimento a pacientes nas unidades sanitárias.

O prestígio da administração pública foi beliscado há muitos anos em vários países africanos.

O tribunal da opinião pública julgou e condenou a administração pública ou Função Pública pelo mau desempenho do seu papel na sociedade.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 24 de Junho de 2020, na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

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