Há um “elefante branco” a “pastar” em Panda

Mais um “elefante branco”, implantado no distrito de Panda, na província meridional moçambicana de Inhambane, com o dispêndio de duzentos e quarenta milhões de meticais, e que se supunha ser o maior matadouro nesta circunscrição administrativa de Moçambique, está a “pastar” alegremente na “terra da boa gente”.

A desaproveitada infra-estrutura, inaugurada com toda a pompa e circunstância em Outubro de 2021 pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, não está a laborar na sua plenitude, alegadamente por falta de matéria-prima.

Trata-se do segundo maior empreendimento do género, a seguir ao erguido na província central da vizinha Manica, sob os auspícios do Mozbeef, através do polémico programa SUSTENTA.

Falando no acto da inauguração desta infra-estrutura, Celso Correia garantiu que, até 2023, Moçambique seria auto-suficiente no que à produção de carne de primeira e de segunda tange, não havendo mais necessidade de importar carne.

A infra-estrutura industrial, devidamente equipada, tem uma capacidade nominal para abater e processar cinquenta animais por dia e duzentas e cinquenta toneladas de carne por mês e que se previa assegurasse emprego para cinquenta pessoas.

Judas Manhice, da Direcção Provincial da Agricultura e Pescas em Inhambane, disse que poucos criadores vendem o seu gado ao matadouro de Panda, alegadamente, “porque o preço não compensa”.

O que sucede é que muitos criadores preferem vender o seu gado para alguns proprietários de talhos que compram os animais a preços considerados “razoáveis e justos” que variam entre vinte e quarenta mil meticais.

Judas Manhice indicou estarem em curso acções de sensibilização dos criadores para fornecer os seus animais a esta indústria como forma de valorizar o investimento feito em Panda e estimular a economia do distrito, da província e do país em geral.

Manhice referiu igualmente que os proprietários do matadouro devem explorar os cerca de oitocentos hectares disponíveis para criar o gado bovino de modo a alimentar a indústria que se recente de matéria-prima.

Refira-se que, numa primeira fase, a carne processada em Panda destina-se ao consumo interno, mas prevê-se que num futuro breve a mesma seja exportada para o mercado asiático, nomeadamente, China e Vietname.

JOÃO PAULO, correspondente em Inhambane

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 22 de Março de 2024.

Caso esteja interessado em passar a receber o PDF do Redactorfavor ligar para 843085360 ou 844101414 ou envie e-mail para correiodamanha@tvcabo.co.mz 

Também pode optar por pedir a edição do seu interesse através de uma mensagem via WhatsApp (84 3085360), enviando, primeiro, por mPesa, para esse mesmo número, 50 meticais ou pagando pelo paypal associado ao refinaldo@gmail.com.

Gratos pela preferência

https://bitly.ws/3fZbh

Compartilhe o conhecimento
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *