Homem aranha

“Não estrague o ‘curriculum’ do outro”, disse  certo homem que viu o seu próximo ser afastado por causa da má percepção dos que ambicionavam ter um determinado bem.

Ninguém gostaria de levar uma vida estática, porque o dinamismo deve ser o guia para o alcance dos seus desejos ou objectivos, de acordo com a sua entrega na exercitação diária.

Não se trata de promiscuidade, mas da necessidade de ser e ter atenção com o próximo. Isso não arranca a sua atenção. “Várias críticas para nada, quando espaço para trabalho existe para todos. Não desarrume a cama de outrem, tal que a organizou com maior simpatia”.

Não se pode balouçar no outro para subir o degrau. Afinal a cada passo que damos pisamos vários insectos.

Em conversa, alguém dizia: a simpatia humana equipara-se à sinceridade. O Homem precisa de mais fôlego, tal que em Provérbios 29, verso 23, consta que “A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra”.

Lembre-se que a humildade é fundamental para relacionamentos saudáveis, crescimento espiritual e para receber o favor divino.

“Não basta um terno pendurado no ombro, quando serve para acomodar os seus braços. Use com detalhes e conhecimento para acompanhar o seu acto sempre que necessário”.

Nada justifica a vida de “caranguejo” entre os Homens, quando este animal tem o seu habitat e devemos aprender a ser mais cuidadosos para saber como estender a mão em momentos certos, em vez de encurtá-la. Triste é não saber à luz do dia com quem falas e onde te enquadrares para um determinado assunto, mas no universo existem dois tipos de Homens (um agitador e um conselheiro), cabendo a cada um de nós saber para que lado puxar.

O erro de transmissão de informação se tem tornado o caminho que traz o mau pensamento e recuam o trilhar de qualquer um, se eu não posso, ele também não. Mas deixa lembrar que na vida o impossível acontece, o segredo é cada um de nós perceber a razão que o leva a caminhar pela manhã, e, trazer à superfície aspectos de socialização, necessitando de acomodação perante os outros.

Em meio a tantas crueldades, perdemos a capacidade de ser empáticos, de acreditar no ser humano e de enxergar qualidades como respeito, honestidade, lealdade e integridade com o intuito de resgatar o mínimo do genuíno olhar empático.

Se cada um cultivar afecto, honestidade e lealdade no seu ambiente, por menor que seja, isso há-de espalhar claridade no mundo. Seja você mesmo e nada de invenção em ser outro. Afinal cada um tem o seu foco, mas o espaço para convívio é de todos nós.

CÉSAR NHALIGINGA

Este artigo foi publicado intitulado “Solidariedade social” foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 21 de Dezembro de 2023, na rubrica OPINIÃO.

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