Lago Niassa devasta paradisíaco Mangochi
Se ainda havia quem duvidasse dos efeitos desastrosos das decorrentes alterações climáticas tem mais uma evidência dessa triste realidade: a fúria das águas do Lago Niassa está, desde finais da semana passada, a devastar diversas áreas da paradisíaca região turística de Mangochi, região Sul do Malawi.
Mangochi, que no tempo da “outra senhora” era conhecida por Forte Johnston, é onde nasce o rio Shire (para os malawianos) e Chire (para os moçambicanos), o respirador do Lago Niassa.
Sabe-se que este ano o Chire – com pouco mais de 400 quilómetros de comprimento – não registou cheias como nos anos anteriores na zona Sul. No seu percurso existem algumas barragens dentro do Malawi, sendo a mais recente a barragem de Kamuko, em Liwonde. Estas barragens visam controlar o rio Chire bem como produzir energia eléctrica e abastecimento de água.
Esta tragédia agora provocada pelo Lago Niassa vem minar os esforços das autoridades de Lilongwe visando dinamizar o ecoturismo, que reserva enfoque especial para a preservação da terra e das comunidades.
É graças a este empenhamento que o Malawi está a tornar-se rapidamente um dos destinos mais falados de África – tem aparecido entre os dez principais destinados nos rankings de fontes habilitadas no sector, atraindo fundamentalmente amantes de safaris.
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