Maleiane fala da dívida
Maleiane fala da dívida – O ministro da Economia e Finanças de Moçambique, Adriano Maleiane, disse hoje que a dívida pública do país não está descontrolada, assegurando que tudo está a ser feito para a “sustentabilidade” dos empréstimos contraídos pelo Estado.
“Ficámos com a sensação de que 2016 foi o desastre, mas não. Não perdemos o controlo”, enfatizou Adriano Maleiane.
O governante falava na Assembleia da República (AR) durante o debate da Conta Geral do Estado (CGE) de 2019.
A referência que o ministro da Economia e Finanças fez a 2016 está relacionada com o facto de nesse ano terem sido descobertas garantias de dívida secretamente prestadas pelo Governo então chefiado por Armando Guebuza, no valor de USD 2,2 mil milhões e que deram origem a processos-crime dentro e fora do país.
Hoje, no parlamento, Adriano Maleiane frisou que o executivo não perdeu o controlo da dívida pública, garantindo que os encargos estão dentro ou próximos dos parâmetros internacionalmente exigidos.
“Estamos a caminhar muito bem dentro dos indicadores [de avaliação de sustentabilidade da dívida]”, sublinhou Maleiane.
O ministro da Economia e Finanças assinalou que o rácio entre o serviço da dívida e exportações de Moçambique é de 11,8% face ao parâmetro internacional, que é de 10%, e o rácio entre o serviço da dívida e receitas do Estado está em 13,9% contra 14%, definido como padrão internacional.
“Não vamos contrair dívida que não seja concessional”, salientou Adriano Maleiane, dando conta do esforço do executivo para assegurar a sustentabilidade da dívida pública.
O ministro defendeu a emissão de bilhetes de tesouro para o financiamento de investimentos em infraestruturas, apontando a exigência dos parceiros internacionais de que o Estado deve comparticipar com recursos próprios nesse tipo de gastos.
“Há uma responsabilidade muito grande na gestão da dívida pública”, frisou.
Adriano Maleiane não disse aos deputados o valor exacto da dívida pública de Moçambique, mas no final do último ano informou à AR que o Estado devia USD 12.370 milhões. (Maleiane fala da dívida pública)
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