Meu cepticismo acrescido

Meu cepticismo acrescido – É antigo e do domínio de quem me conhece o meu cepticismo em relação ao funcionamento da chamada “máquina” ou “sistema” de Justiça, devido às inúmeras evidências de falta de coerência, funcionando, amiúde, como cata-vento, ou ao sabor das circunstâncias (Correio da manhã N° 4216, pág. N° 7, de 08 de Dezembro de 2017).

Agora o meu cepticismo estende-se ao legislativo, ou parte dele, acrescendo, desta forma, o também meu velho e conhecido cepticismo em relação (à maioria) (d/a) os políticos, que hoje podem condenar uma coisa e no dia seguinte aplaudi-la e defendê-la, se necessário for, matando ou morrendo por esse ideal.

Vem tudo isto por causa do badalado caso Manuel Chang, que até parece ter urdido e executado tudo sozinho, pela forma como é singularmente achincalhado na via público, até pelos seus pares e comparsas.

Manuel Chang foi, no do processo em que se abotoou com o dinheiro que somos todos nós, hoje, e futuras gerações, obrigados a pagar, galardoado sob intensos holofotes como “bom gestor nacional”.

Mesmo depois de assumir o erro, que o próprio o rotulou de único, na sua vida, um certo grupo de políticos acarinhou Manuel Chang e lhe estendeu tapete vermelho e lhe atribuiu e aumentou mordomias.

É esse mesmo grupo de políticos que hoje formalmente “consente” a prisão de Manuel Chang, se bem que tudo não passa de teatro para entreter a opinião pública. Toda essa encenação se resume no que se costuma apelidar de “uma mão cheia de nada e outra de coisa alguma”: tudo para ludibriar os incautos e/os dispostos a serem enganados.

É esse mesmo grupo de políticos, legisladores e juristas, que hoje diz que se distancia daquilo que em sede de plenária da Assembleia da República defendeu até à exaustão, com um enfadonho e ensurdecedor barulho, a sua legalização como dívida pública e a ser resolvida por todos, agora, e no futuro.

É na política, no legislativo e na Justiça que muitas vezes chefes de famílias e donas de casa dizem e defendem aquilo que eles próprios não acreditam.

Hoje, determinados políticos, legisladores e magistrados devidamente identificados nos brindam, sucessivamente, com teatros de fazer rir até chorar qualquer internado num manicómio o/ou aluno medíocre de Direito, para a vergonha de toda uma Nação, que até pomposamente se diz de heróis!

Tal como o fiz em Dezembro de 2017 volto, uma vez mais, a me perguntar a mim mesmo se valerá a pena mesmo confiar nesta gente que vive às custas dos nossos impostos, enquanto nós definhamos penosamente com o que sobra das numerosas taxas e outros emolumentos que o sistema há muito inventou para nos extorquir, à luz do dia!

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 01 de Fevereiro de 2019, na rubrica semanal denominada TIKU 15 !

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