Moza aumenta capital

Os accionistas do Banco Moza anunciaram em comunicado hoje enviado ao Correio da manhã em Maputo um aumento de capital no montante de 3,5 mil milhões de meticais (cerca de 50 milhões de euros), passando o capital social a ser de 13,8 mil milhões de meticais (aproximadamente 195 milhões de euros).

O aumento foi aprovado por unanimidade durante uma assembleia geral extraordinária do banco realizada no dia 6 de Novembro deste 2017, refere o aludido comunicado.

“Este aumento de capital visa assegurar a implementação do Plano Estratégico 2017 – 2021 e irá permitir ao Moza Banco reforçar o seu posicionamento estratégico e comercial”, explica-se no documento.

A instituição que foi intervencionada pelo Estado em 2016 devido à quebra dos seus indicadores financeiros, pretende agir “em conformidade com as melhores práticas internacionais de gestão prudencial e de risco”, afirmou João Figueiredo, presidente do Conselho de Administração, citado no comunicado.

O banqueiro classifica o Moza como “um dos maiores bancos” no que concerne a fundos próprios e “a instituição financeira com o maior capital social” a operar em Moçambique.

Antes de ser intervencionado, o banco era o quarto maior do país ao nível de activos, depósitos, empréstimos e adiantamentos.

Depois do aumento de capital agora anunciado, o fundo de pensões do Banco de Moçambique, “Kuhanha”, mantém a posição dominante no Moza com 84,6% das acções, a Moçambique Capitais tem 7,845%, a sociedade gestora de participações portuguesa Novo Banco África tem 7,538% e o acionista António Matos tem uma acção.

O Banco de Moçambique anunciou no final de Maio a venda do Moza Banco ao “Kuhanha” depois de em Setembro do ano passado ter intervencionado a instituição bancária, cuja “situação financeira e prudencial” se degradou de forma insustentável.

A decisão do banco central em vendê-lo ao seu fundo de pensões foi considerada ilegal pela Comissão Central de Ética Pública (CCEP) de Moçambique.

No entanto, o governador Rogério Zandamela considera o desfecho da intervenção no Moza como “motivo de muito orgulho”.

Redacção

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