Niassa já tem centro

Niassa – O Distrito de Mecula abriu um centro de acolhimento de deslocados de guerra, incluindo crianças e pessoas com deficiência, provenientes dos povoados de Naulala 1, 2, Luchengue, Macalange nesta região de Niassa.

Em causa estão os ataques dos insurgentes do Al-Sunna Jamah um braço afiliado dos radicais do Al-Shabaab que atacam na vizinha província de Cabo Delgado desde 2017, de acordo com o jornal “Faísca”, editado na capital do Niassa, Lichinga.

A fonte refere que o distrito de Mecula foi vítima de ataques consecutivos em Naulala 1, Macalange e Luchengue em finais de Novembro último e meados deste Dezembro, tendo forçado o deslocamento de centenas de pessoas para a vila sede a procura de segurança.

De acordo com a Organização Internacional para Migrações (OIM), existe na vila de Mecula um centro com 682 pessoas sendo 205 famílias.

Esta organização das Nações Unidas em parceria com o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), foi mobilizado um apoio multiforme para os deslocados que vivem em tendas temporárias, refere o jornal que deverá ser colocado em circulação já esta segunda-feira.

Entretanto a OIM chama atenção para o facto de os deslocados ainda precisarem de outros meios como baldes de água, material de higiene, redes mosqueteiras, óleo alimentar entre outros.

Os apoios a nível local (Mecula) foram dados pela empresa Chiulexi Conservação que opera em Naulala 1, 2 e Gomba no interior da Reserva Especial de Niassa.

Esta empresa procedeu a entrega de farinha de milho, feijão manteiga. Em preparação estão lona de plástico para a cobertura das casas logo que as populações iniciem o regresso às zonas atacadas.

Saída de pessoas

Enquanto isso, algumas pessoas começaram a sair da vila sede de Mecula logo depois dos ataques, diz o periódico dirigido por Suizane Rafael.

Na sua maioria são funcionários públicos que retiraram parte dos seus pertences para as vilas de Marrupa, Cuamba e Lichinga, acrescenta o jornal propriedade da cooperativa “Amanhecer”.

Há um número considerável de pessoas que também preferiram sair de Mecula, procurando refúgio em Marrupa em casa de familiares.

O jornal FAISCA diz ter testemunhado a movimentação de pessoas em direcção a Lichinga, Cuamba e Marrupa, apesar da segurança que foi restabelecida em redor da vila de Mecula.

Alguns povoados ao longo da Estrada Regional Marrupa-Mecula, como Ntimbo 1 as pessoas movimentaram-se para Mussoma (Localidade de Lugenda).

Neste troço rodoviário assim como na vila de Mecula é visível a presença das FADM e UIR que fazem a verificação da zona.

Cinco pessoas mortas

Enquanto isso, no passado dia 22 deste mês, cinco pessoas foram mortas pelos insurgentes no povoado de Naulala 2 no Distrito de Mecula.

Segundo o Secretário de Estado da província de Niassa, Dinis Vilanculos, deste grupo, um é fiscal da Reserva Especial de Niassa (REN).

Vilanculos lamentou o sucedido https://prestigiomz.com/insurgentes-matam-fiscal-da-reserva-especial-do-niassa/ e afirmou que apesar do fatídico acontecimento as Forças de Defesa e Segurança estavam no terreno a trabalhar.

Redactor

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