Pebane empenhado na recuperação do mangal
Dezassete associações comunitárias do distrito costeiro de Pebane, na província central moçambicana da Zambézia, estão empenhadas na recuperação do mangal, contando, para tal, com o patrocínio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS).
Trata-se de nove associações comunitárias do posto administrativo de Mulela e quatro do posto de Naburi, que têm como desígnio final reduzir o desmatamento das florestas na sua zona residencial.
A Associação de Protecção do Mangal da Frescura, uma das agremiações envolvidas neste esforço, já preencheu uma área de sete hectares ao longo do rio Muniga, num empenhamento orçado em quinhentos mil e cem meticais, de acordo com o respectivo presidente, presidente Omar Lopes Cugule.
Omar Cugule lamentou, no entanto, o comportamento de algumas pessoas de má-fé e/ou caçadores de caranguejos que estão a inviabilizar a iniciativa, removendo ou esmagando as mudas colocadas pelos activistas ambientais de Pebane.
“Temos nos esforçado em repovoar estas zonas já degradadas, mas se hoje colocamos as plantas, amanhã, não as encontramos, porque algumas pessoas que buscam caranguejos aqui acabam pisando as nossas plantas e logo morrem. Isso é preocupante para nós”, lamentou Cugule.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS) começou a operar na Zambézia em Novembro de 2021 e actualmente apoia iniciativas em nove distritos desta província.
Os mangais são de extrema importância para os seres vivos e para a natureza, pois providenciam uma série de serviços ecossistémicos, como berçário para a reprodução de várias espécies marinhas, protecção costeira contra ventos fortes e ciclones, estabilização de solos contra a erosão.
Arlindo Mucuchete, em Pebane
Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 26 de Março de 2024.
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