Presidente Ramaphosa vaiado

Presidente Ramaphosa – A África do Sul precisa de reconhecer que a sua narrativa de negação da existência de xenofobia entre os seus cidadãos não ajuda e deve envolver-se num diálogo sem preconceitos com outros países africanos sobre o assunto.

Mais de 500 moçambicanos e dezenas de cidadãos de outros países africanos foram desalojados por sul-africanos das suas casas na província de Gauteng e Mpumalanga das quais fazem parte as cidades de Joanesburgo, Pretória e Mbombela (ex-Nelspruit).

Zimbabueanos, que constituem maioria da comunidade estrangeira na África do Sul, reagiram furiosamente contra os ataques xenófobos e vaiaram o presidente Ramaphosa em plena cerimónia do funeral do fundador do Estado zimbabueano, Robert Mugabe.

Ao nível diplomático continental, a imagem da África do Sul foi mais uma vez manchada.

No departamento sul-africano das relações exteriores e cooperação internacional, responsáveis pela diplomacia reconhecem que a reacção dos zimbabueanos e dos governos da Nigéria, Zâmbia e Ruanda é sinal despertador que envergonhou Ramaphosa em Harare.

O chefe do Estado sul-africano despachou enviados para Nigéria, Níger, Gana, Senegal, Tanzânia, República Democrática do Congo e Zâmbia com a missão de explicar os passos que o seu governo promete tomar para travar ondas recorrentes da xenofobia contra africanos.

Resta saber se os governos africanos vão acreditar, pois sabem que a África do Sul nega a existência de xenofobia e diz que são criminosos que se aproveitam da fragilidade dos imigrantes particularmente os indocumentados.

A reputação do governo sul-africano foi manchada numa altura em que o país se prepara para assumir a presidência anual rotativa da União Africana em 2020 e actualmente tem assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas sob mandato da organização continental.

O Conselho de Paz e Segurança da União Africana realizou sessão de emergência semana passada em Adis Abeba para discutir o assunto dos ataques na África do Sul.

Não foi encontro de rotina. A organização continental considera como ameaça à paz e segurança no continente.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 18 de Setembro de 2019, na rubrica semanal denominada O RANCOR DO POBRE

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