Rapto na cidade da Beira

Rapto Um empresário do sector comercial foi raptado ao princípio da noite de sexta-feira na cidade da Beira, Centro de Moçambique, aumentando sentimento de medo na classe empresarial local.

O mais recente episódio deste tipo de crime (rapto) já foi confirmado pela Polícia da República de Moçambique. É o sétimo caso oficialmente conhecido neste 2020.

Liacat Moreira e Silva, com cerca de 60 anos, fazia uma caminhada quando foi raptado, referiu relatou Daniel Macuácua, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Sofala.

O empresário foi interceptado por um grupo de desconhecidos, que seguiam num automóvel, pelas 19:00 locais, numa zona da cidade da Beira onde tem uma obra em curso.

A vítima foi levada à força no veículo e o caso está a ser tratado em articulação com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), acrescentou o porta-voz da polícia.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) pediu há uma semana “acções enérgicas” contra aquele tipo de crime.

“A CTA manifesta o seu forte repúdio pelo recrudescimento de raptos de empresários”, afirmou Osório Boane, director-geral do Parque Industrial de Beluluane e dirigente da confederação.

“Fazemos um apelo para que quem de direito tome acções enérgicas para estancar este mal que afugenta qualquer empreendedor ou investidor”, frisou o quadro da CTA.

O sequestro de Liacat Moreira e Silva, na sexta-feira, na Beira, acontece no seguimento de outros seis já executados neste 2020.

No dia 05 de Maio, Yassin Anwar, empresário da hotelaria e comércio, foi raptado ao princípio da noite, na cidade de Chimoio, província de Manica, Centro de Moçambique.

O crime envolveu vários automóveis e foi consumado após um tiroteio.

Cinco dias antes, em 30 de Abril, Rizwan Adatia, líder de um grupo comercial de grande dimensão e filantropo, foi raptado durante o dia numa via rápida, na zona do Bairro do Fomento, arredores de Maputo.

A viatura da vítima foi bloqueada junto a um semáforo pelos raptores, que lhe apontaram uma arma de fogo e o levaram de forma coerciva.

Em Março, um menor de 12 anos – filho de um empresário da firma Armazéns África – foi levado por desconhecidos na baixa de Maputo, capital de Moçambique, Sul do país.

No mês de Fevereiro, quatro desconhecidos sequestraram um empresário moçambicano, Manish Cantilal, ao estacionar na garagem da sua habitação. 

Também Fevereiro, um outro empresário, Ossufo Satar, de 44 anos, foi raptado à saída do seu estabelecimento comercial, na cidade de Chimoio (Centro).

Além destes, o empresário indiano Faizel Patel foi raptado em Janeiro na cidade portuária da Beira.

Não foram conhecidos mais desenvolvimentos sobre estes casos.

Além destes seis casos em 2020, outros já haviam sido registados em 2019.

No início de Abril, a PRM deteve cinco pessoas suspeitas de envolvimento em sequestros anteriores nas províncias de Maputo e Inhambane, (Sul).

Das cinco, três estão indiciadas pelo envolvimento no rapto de Chelton Lalgy, filho do dono da empresa de transportes Lalgy, levado em Novembro de 2019, na cidade de Maputo, e libertado em Fevereiro após o pagamento de um resgaste cujo valor nunca foi tornado público.

 (Correio da manhã de Moçambique)

NOTA IMPORTANTE: Para receber notificações das actualizações neste site clique o sinal da campainha no canto inferir direito do seu dispositivo e depois ACEITE

Compartilhe o conhecimento
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *