Só tira carta quem pode
A vice-ministra dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Manuela Rebelo, minimizou o aumento em quase oito vezes do preço da carta de condução, dizendo que só tira carta de condução quem pode.
“A carta de condução não é como o bilhete de identidade, que é obrigatório, qualquer pessoa tem de ter. A carta de condução não. É conforme as condições que eu tenho que vou tirar ou não a carta de condução”, referiu, em declarações aos jornalistas, em Maputo, na segunda-feira.
A governante justifica o aumento com o facto de as actuais taxas serem insustentáveis.
“Acha que com 500 meticais é que posso produzir uma carta de condução”, questionou, aludindo a uma das taxas que vai aumentar.
Segundo Manuela Rebelo, a actualização de valores segue a linha do fim de diversos subsídios estatais à economia.
“Todo o valor que estamos a pagar até hoje é o Governo que está a subsidiar” deixando o Instituto Nacional dos Transportes Terrestres de Moçambique numa situação financeira difícil, referiu.
As novas taxas que agravam em quase oito vezes o custo da carta de condução em Moçambique entram em vigor a 05 de Novembro.
A taxa de exame de condução para automóveis ligeiros, pesados, motociclos e tratores vai passar dos actuais 100 meticais para 2.185 meticais em todas as categorias.
A este montante acresce a taxa para emissão do documento, que passa dos actuais 500 meticais para 2.500 meticais.
Tudo somado, o total das duas taxas passa de 600 meticais para 4.685 meticais, um aumento de 680% ou praticamente oito vezes mais.
As alterações constam de um diploma ministerial do Governo da República de Moçambique publicado no Boletim da República a 05 de Setembro.
Às taxas, acresce o valor cobrado pelas escolas de condução do país, que varia entre 7.000 meticais e 10 mil meticais.
Redacção